O estado do Rio de Janeiro tem 43 casos de pacientes infectados pela superbactéria KPC em hospitais estaduais. A informação é do superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe. O número se refere ao período de janeiro a outubro de 2010, e já representa um aumento de quase 35% em relação a todo o ano de 2009, quando foram confirmados 32 casos de infecção por KPC.
“Mas, até o momento, não há motivos para alarde”, afirma o superintendente. “É claro que as bactérias super-resistentes são muito preocupantes, mas o surgimento delas não é novidade. Fora do ambiente hospitalar, não vejo nenhuma preocupação com relação à superbactéria”, acrescenta Chieppe.
Ainda de acordo com o superintendente, a contaminação pela superbactéria não ocorre por via respiratória, mas apenas pelo contato direto com um indivíduo portador da KPC. Entretanto, é possível que a pessoa possua a superbactéria no organismo e não desenvolva doenças a partir dela. “O perfil de sensibilidade à KPC pode variar de acordo com a pessoa. Pessoas em estágios pós-operatórios, com sistema imunológico debilitado, ou ainda com estado de saúde grave provocado por outras questões, podem desenvolver infecção provocadas pela KPC”, explica Chieppe.
Para o superintendente, ninguém deve mudar os hábitos ou deixar de procurar hospitais, mas todos devem se preocupar em fazer uma boa higiene das mãos e evitar a automedicação. “A população deve ficar tranquila”, frisa Chieppe. “Lavar a mão com água e sabão já está bom, mas se a pessoa puder fazer uso do álcool em ambientes hospitalares, é melhor ainda. E é muito importante que as pessoas não tomem antibióticos indiscriminadamente, mas apenas com orientação médica”, conclui o superintendente.
(Fonte: G1)
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