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sábado, 16 de junho de 2012

Vaca clonada na Argentina começa a produzir leite semelhante ao materno

Uma vaca clonada por cientistas argentinos com genes bovinos e humanos começou a produzir leite similar ao materno como forma de contribuir na luta contra a mortalidade infantil, informou nesta segunda-feira (11) a universidade responsável pelos estudos. Pesquisadores da Universidade Nacional de San Martín (Unsam) e do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) inseriram dois genes humanos codificadores de duas proteínas presentes no leite humano em ‘Issa’, uma vaca clonada no ano passado. As proteínas são lactoferrina e a lisozima, incorporadas no DNA da vaca, também conhecida como ‘Rosita’. ‘Esta é uma maneira de contribuir com a luta contra a mortalidade infantil, já que uma proteína permite evitar doenças infecciosas do aparelho digestivo e evitar anemia nos recém-nascidos’, explicou o reitor da Unsam, Carlos Rota. De acordo com o investigador Germán Kaiser, do Grupo de Biotecnologia da Reprodução do INTA, a pesquisa não pretende substituir o vínculo mãe-filho durante a lactação, mas é destinada aos bebês que, por distintas razões, não têm acesso ao leite de suas mães, acrescentou. Os cientistas conseguiram assim incluir na vaca transgênica dois genes humanos no genoma bovino, o que permitiu que as duas proteínas estivessem presentes na glândula mamária durante a amamentação, indicou a universidade. ‘Issa’, nascida em abril de 2011 no INTA, foi apresentada em junho do ano passado pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Na ocasião, Cristina garantiu que a vaca se transformaria na ‘primeira no mundo capaz de produzir leite materno’. Argentina entrou no clube da clonagem destinada a criar vacas transgênicas com fins medicinais em agosto de 2002, com o nascimento de ‘Pampa’, fruto de uma clonagem realizada por analistas do laboratório local Bio Sidus com o intuito de obter leite bovino com a proteína de crescimento humano ‘hGH’. Os descendentes de ‘Pampa’, a primeira bezerra clonada na América Latina, produzem leite do qual é extraída essa proteína para produzir remédios para crianças com problemas de crescimento com menor custo. Nos últimos anos, cientistas argentinos clonaram cavalos e touros a fim de obter exemplares de melhor rendimento. (Fonte: G1)

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