SANTIAGO DO CHILE, 10 MAI (ANSA) - A organização não governamental Greenpeace acusou o governo do presidente Sebastián Piñera de ser "cúmplice da destruição da Patagônia", ao favorecer a aprovação ambiental do megaprojeto hidrelétrico HidroAysén.
Para o diretor da entidade, Matías Asún, "foi montada uma máquina, que inclui diferentes setores na tomada de decisões, a favor de um projeto que somente beneficia às grandes empresas altamente lucrativas, a custo da cidadania".
Asún antecipou que agora virá a aprovação de uma extensa linha de transmissão que "terá impactos ambientais irreversíveis" ao afetar quatro parques e oito reservas nacionais, além de 13 locais prioritários de conservação da biodiversidade, três zonas de interesse turístico e 26 pântanos.
Segundo a organização, o país não necessita da energia da HidroAysén e os pedidos foram feitos apenas pelas grandes companhias mineradoras que operam no norte do Chile.
A Comissão de Avaliação Ambiental (CEA, na sigla em espanhol), composta principalmente por funcionários do governo, aprovou ontem, com 11 votos e uma abstenção, o megaprojeto que será construído na região sul do país, em Aysén, pelas empresas Endesa-Enel e Colbú.
Depois da decisão, foram registrados graves incidentes nos estornos do serviço ambiental de Aysén, onde meio milhão de pessoas contrárias ao projeto tinha se reunido.
A construção de cinco centrais hidrelétricas exigirá a elevação de grandes represas para usar a água dos rios Baker e Pascua, além de torres de alta tensão ao longo de 2.300 quilômetros para levar energia elétrica ao centro do Chile.
(ANSA)
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