Páginas

terça-feira, 10 de maio de 2011

Brasil, capital dos não-transgênicos

Em maio, São Paulo será o centro das atenções de produtores, pesquisadores, consumidores e especialistas de todo o mundo em produtos não transgênicos: nos dias 10 e 11, a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange) promove o Semear – I Encontro de Produtos e Sementes Não-Transgênicos – espaço para exposições, troca de informações, palestras e até negócios.

Sim, negócios. Afinal, o evento vai reunir produtores e importadores de não-transgênicos, um mercado que vem ganhando corpo em ritmo diretamente proporcional às exigências de consumidores de todo o mundo – mas principalmente da Europa e da Ásia – por alimentos certificadamente livres de transgênicos.

Neste mercado, o Brasil nada de braçada. Somos, afinal, o maior produtor e exportador mundial não-transgênicos do planeta, posição que agrega valor a todos os elos desta cadeia. Isso porque os consumidores de alimentos não-transgênicos dispõem-se a pagar um prêmio, de forma a garantir a autenticidade do produto. Esse prêmio é rateado por todos os agentes envolvidos no processo: exportadores, processadores e agricultores.

Mais do que um nicho de mercado, essa nova frente de negócios constitui um mercado especial. Basta ver que as exportações de soja não-transgênica em 2010 somaram 5 milhões de toneladas, o equivalente a 18% do volume total embarcado no mesmo ano. Mais ainda: as vendas externas de farelo de soja não transgênico atingiram 6,5 milhões de toneladas, praticamente a metade das exportações totais de farelo, que somaram 13,6 milhões de toneladas. E os embarques de lecitina – derivado da soja utilizado na produção de massas, pães, chocolates e outros produtos alimentícios – é praticamente toda ela não-transgênica.

“As oportunidades de crescimento neste mercado são enormes”, destaca Ricardo Sousa, diretor-executivo da Abrange. Isso porque a produção de soja dos principais concorrentes do Brasil – Estados Unidos e Argentina – é praticamente toda ela transgênica. “Só o Brasil possui escala e qualidade para atender o mercado internacional”, finaliza Sousa.

Mais informações no site da Abrange.

Nenhum comentário: