Soltar, fabricar, vender ou transportar balões é crime. A legislação prevê de dois a quatros anos de prisão e multa para quem cometer o tipo de delito. O uso do artefato, tradição em festas juninas, pode destruir áreas de preservação como matas e florestas, casas, prédios e até mesmo ferir pessoas. No combate a este grande vilão, a Secretaria de Ambiente promove anualmente a campanha “Soltar balão é mó queimação”, em parceria com o Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente da Polícia Militar (BPFMA) e a Coordenadoria Integrada de Combate a Crimes Ambientais (Cicca).
"As pessoas precisam entender que não pode ser considerada bonita e criativa uma prática que causa destruição de Mata Atlântica e de fauna, e até a perda da vida de pessoas ou mesmo de bombeiros que combatem incêndios provocados por balões", disse o secretário de Ambiente, Carlos Minc.
Com o foco nos adolescentes e em seus familiares, a campanha foi relançada este ano no Dia Mundial do Ambiente (5). A ação possui duas frentes: educação e fiscalização. Tanto o setor de educação ambiental da secretaria quanto o Batalhão Florestal promovem oficinas e palestras em escolas da rede pública estadual e municipal, particulares ou mesmo clubes e empresas interessadas.
De acordo com a capitã da PM e veterinária, Fabíola Ribeiro, chefe do setor de Educação Ambiental do Batalhão Florestal, a ação educativa apresenta ao público os danos causados pelo artefato que é considerado por muita gente uma simples brincadeira.
"Mostramos que o balão é perigoso, ele pode derrubar até um avião ao ser sugado pelas turbinas. Além disso, pode não ser detectado pelo radar aéreo, pode cair em uma casa, próximo a postos de gasolina, de uma refinaria, além da questão ecológica", disse.
Segundo o comandante do Batalhão de Polícia Florestal e do Meio Ambiente, tenente-coronel, Mário Márcio Fernandes, a Região Metropolitana apresenta o maior número de ocorrências. No ano passado, o órgão prendeu cerca de 50 pessoas pelo crime ambiental e apreendeu quase 200 balões. Este ano, desde o mês de janeiro, 22 pessoas foram presas e 90 artefatos apreendidos. De acordo com Fernandes, se engana quem acredita que a soltura de balões só acontece nos meses de junho e julho. A prática ocorre durante todo o ano.
"Os baloeiros soltam o ano inteiro. Tivemos ocorrências em janeiro, março, e abril", ressaltou.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente também atua no combate aos balões. De acordo com o delegado Fábio Pacífico, de fevereiro até junho 37 balões foram apreendidos, entre eles, artefatos de 26 e 30 metros.
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