A agressiva “E. coli” que causou 39 mortes na Alemanha é uma combinação de duas variantes desta bactéria que multiplicava as complicações renais, sanguíneas e cardíacas, publicou nesta quarta-feira (22) uma equipe de cientistas alemães na revista “The Lancet Infectious Diseases”.
Concretamente, os analistas da Universidade de Münster confirmaram que a nova variante, a “E. coli O104:H4″, uniu os prejudiciais efeitos para a saúde da “E. coli enterohemorrágica”, que tem a perigosa toxina “Shiga”, com a “E. coli enteroagregativa”, especialmente capacitada para aderir uma vez dentro do intestino.
Assim pretende esta equipe alemã explicar por que cerca de 30% dos afetados por este último surto, 810 casos dos 2.684 totais, desenvolveram o SUH, quando normalmente “menos de 10% dos doentes” pela “E. coli” sofrem este perigoso síndrome.
A síndrome hemolítica-urémica (SUH) é uma combinação de insuficiência renal, trombocitopenia – diminuição das plaquetas -, anemia hemolítica, e danos no coração e no sistema nervoso central, cuja soma pode levar a morte.
“Este surto que a combinação de perfis de virulência de patógenos entéricos, introduzidos em povoações de risco, pode ter graves consequências para as pessoas infectadas”, conclui o estudo.
A pesquisa aponta que esta nova variante da “E. coli” é resistente aos antibióticos “ß-lactâmicos” e que seu uso em alguns pacientes só provocou a “destruição dos micróbios concorrentes” do agente patogênico.
A pesquisa, que confirma oficialmente o que já era adiantado por outras instituições e especialistas, consistiu na análise de sedimentos de 80 pacientes afetados pela “E. coli O104:H4″ entre 23 de maio e 2 de junho.
(Fonte: Portal Terra)
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