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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dicas de consumo consciente sobre seis alimentos que ajudam a emagrecer

É possível perder peso sem deixar de lado práticas susetntáveis; é bom para a saúde do consumidor e do meio ambiente.


Pimenta vermelha, chá verde, gengibre, chá de hibisco, alimentos com ômega três e, quem diria, água gelada. Eles são alguns dos chamados alimentos termogênicos, aqueles capazes de aumentar o gasto calórico do organismo durante a digestão e o processo metabólico. Isso significa que, ingerindo esses alimentos, o corpo elimina gorduras.

Funciona assim: o processo digestivo, que a princípio já consome energia do corpo potencializa a queima de gorduras quando se trata desses alimentos. “Quanto mais difícil for a digestão do alimento, maior será o seu poder termogênico”, diz a nutricionista Daniela Cyrulin, da Nutri & Consult - Consultoria e Assessoria em Nutrição.

Camila Melo, gerente do programa de educação do Instituto Akatu, lembra que é possível alcançar a boa forma física praticando o consumo consciente. “Ao buscar esses alimentos, o consumidor pode priorizar aqueles produzidos de forma natural, sem uso de agrotóxicos e adubos e fertilizantes químicos”, diz. “Além de empobrecer o solo e poluir o lençol freático, essas substâncias diminuem o sabor original e a capacidade nutritiva dos alimentos”.

Para orientar o consumidor sobre locais de compra, legislação e informações técnicas sobre alimentos orgânicos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou, em janeiro de 2010, um hotsite que concentra as informações. Os dados, sobre pontos de comercialização, porém, ainda são escassos.

Para identificar os alimentos orgânicos, o consumidor deve procurar nas embalagens dos alimentos, o selo oficial do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, do Mapa. Ele está em uso no comércio desde janeiro de 2011.


Segundo o engenheiro agrônomo e pesquisador chefe da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (APTA), Sebastião Wilson Tivelli, é crescente a produção de alimentos orgânicos no Brasil. “No entanto, o censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não cobre as culturas mencionadas”, explica. “Mas é fato que a sua produção está atrelada, em grande parte à agricultura familiar”.

Outra dica é priorizar o consumo de alimentos de produção local, pois eles emitem menos gases de efeito estufa com a queima de combustíveis durante a fase do transporte.

E, lembre-se! Não existem milagres quando o assunto é perder peso. Para que esses alimentos mostrem resultado, é necessário aliá-los a uma dieta regrada e exercícios físicos. Mantendo uma alimentação balanceada, não é preciso banir gorduras, doces e frituras (com exceção daqueles que têm indicação do médico), mas sim controlar, reduzir.

Confira também os Dez Passos Para Uma Alimentação Saudável, orientações criadas pelo Ministério da Saúde. O guia orienta os consumidores a fazerem escolhas alimentares saudáveis, além de oferecer dicas de preparo. Nele, há indicações sobre o número ideal de refeições diárias, alimentos que devem ser consumidos diariamente, além de fórmulas que ajudam o consumidor a saber se está com o peso ideal.

Restrições

"Quem tem hipertireoidismo não deve ingerir os termogênicos, visto que o metabolismo já está muito elevado, o que aumenta o risco de perda de massa muscular", explica Cyrulin. Crianças e gestantes, pessoas com cardiopatias, hipertensão, enxaqueca, úlcera e alergias não devem abusar desses alimentos, pois eles podem levar a aumento da pressão arterial, hipoglicemia, insônia, nervosismo e taquicardia.

Esse tipo específico de pimenta é rica em capsaicina, substância que favorece o aumento da quebra de gorduras no tecido adiposo. Ela aumenta em até 20% a atividade metabólica se ingerida na quantidade de três gramas por dia, podendo ser adicionada em saladas e pratos quentes como tempero.

O melhor de tudo é que este produto pode ser cultivado em jardins e em vasos, o que permite ao consumidor plantar sua própria pimenta aproveitando também seu excelente potencial ornamental – a mudança de cor durante o amadurecimento vai do verde, passa por tonalidades de laranja e se reveste de vermelho vivo. Para plantar, basta comprar mudas de produtores experientes, em Ceasas ou diretamente de viveiristas. Em geral, a colheita leva de 50 a 55 dias após a floração. Mas se for comprar, prefira sempre as orgânicas, que podem ser encontradas em feiras de produtos orgânicos, sacolões e supermercados.

Assim como a pimenta, esse chá favorece a utilização da gordura corporal como fonte de energia em função do estimulo metabólico. Para que o efeito aconteça são necessárias cinco xícaras de chá por dia durante três meses.

Grandes redes de supermercados, feiras livres e sacolões já oferecem uma variedade de chá verde de produção orgânica. Mas também é possível plantar o chá em jardins com cerca viva e em posições que permitam o contato com a luz do sol por três a cinco horas diárias. Mudas podem ser encontradas em viveiros e Ceasas.

O chá estimula a queima de gordura corporal, facilita a digestão, regulariza o intestino e combate a retenção de líquido. Ou seja, é um aliado e tanto na perda de peso. Para que o efeito seja positivo é necessário tomar, em média, um litro por dia, sendo que, para um litro de água, deve-se usar uma colher das sementes da flor picotadas.
O chá de hibisco é feito das sementes (carnosas e vermelhas e com mais ou menos dois centímetros de comprimento) do Hibiscus Sabdariffa, espécie diferente daquela ornamental, comum nos jardins, portanto cuidado para não se confundir. No entanto, ela também pode ser plantada em jardins caseiros e se desenvolvem idealmente em solos bem drenados, com profundidade mínima de dez centímetros. Para obtenção de melhores resultados, a adubação deve ser orgânica. As sementes devem ser coletadas quando atingirem o tamanho ideal, picotadas e secadas à sombra e depois mergulhadas em água fervida por alguns segundos até colorir e aromar o líquido.
Outro aspeto dessa planta é que dá para aproveitá-la integralmente, as diferentes partes dela têm várias utilidades. As folhas são ricas em vitaminas A e B1, sais minerais e aminoácidos. Quando ainda estão bem jovens e tenras, as folhas podem ser consumidas em saladas cruas; depois, um pouco mais velhas podem ser refogadas ou se tornar um ótimo ingrediente para o preparo de cozidos, sopas, feijão e arroz. As sementes podem ser adquiridas em Ceasas ou diretamente de viveiristas.

Gengibre

Essa raiz pode aumentar o gasto calórico em mais de 10%. O produto pode ser consumido de diversas formas, cru, em marinadas para temperar carnes, aves e peixes, e ainda fica ótimo em molho de tomate, sopas de legumes e chá, quando misturado com outras ervas. A quantidade diária indicada é de duas fatias pequenas.
Também dá para plantar em casa, em jardins e pequenos vasos. As mudas podem ser adquiridas em Ceasas ou diretamente de viveiristas. Em média, a colheita leva de 60 a 90 dias após a plantação.

Alimentos com ômega três

O ômega três é uma substância encontrada em peixes - como salmão e atum - e em oleaginosas. Ele aumenta o metabolismo basal, melhora a retenção de líquidos e facilita a comunicação entre as células do organismo. O Dolphin Safe e o Friend of the Sea são os selos de certificação ambiental internacional reconhecidos no Brasil e ajudam a comprar peixes e outros mariscos levando em conta o critério da sustentabilidade. Esses selos atestam que a pesca é feita de forma sustentável, que não há captura de espécies ameaçadas durante a atividade e que a empresa tem projetos de responsabilidade social.

Água gelada

Sim, até mesmo a água gelada pode ajudar a emagrecer! Ao ingeri-la, seu organismo gasta energia para elevar a temperatura até a tida como adequada pelo corpo (algo entre 36º e 37ºC). No entanto, o efeito é muito leve. Para melhores resultados, ingira oito copos de água por dia, pois essa medida pode aumentar seu gasto calórico em até 200kcal.

Apesar dos apelos da indústria da água mineral, algumas marcas oferecem água menos saborosa, menos saudável e custam até 2.000 vezes mais que a água canalizada. Além disso, seu processo de produção contribui para o aquecimento global, já que sua produção implica na extração e processamento de combustíveis fósseis tanto na produção das embalagens plásticas para seu acondicionamento (sendo que grande maioria delas não é encaminhada para reciclagem) como na queima de combustíveis no transporte das mercadorias. Assista "A História da Água Engarrafada" e descubra mais verdades sobre essa indústria.

Na hora de comprar a geladeira, procure as que têm o selo Procel, que indicam o consumo eficiente de energia.

Equipe Akatu

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