Páginas

terça-feira, 4 de junho de 2013

Açúcar é realmente ruim para nós?

Precisamos de você, açúcar “Nós na verdade precisamos de açúcar – é o combustível preferido do nosso corpo”, diz o Dr. David Katz, da Universidade de Yale (EUA). “O problema é que comemos muito”. Existem vários tipos de açúcar, como a glucose e a sacarose. Nosso corpo adora a glucose. Nossas células a usam como fonte primária de energia – seu consumo estimula o pâncreas a produzir insulina. O cérebro percebe o aumento da substância, entende que é preciso metabolizar o que você acabou de comer e manda a mensagem que você já está satisfeito. Alguns açúcares, como o açúcar de ocorrência natural, que dá a frutas, alguns legumes e o leite seu sabor doce, são perfeitamente saudáveis, conforme explica Katz. É com o açúcar adicionado (adoçantes colocados durante o processamento e preparação de alimentos) que precisamos tomar cuidado. Isso significa nunca mais fazer aquele bolo de chocolate que pede uma quantidade absurda de açúcar? De acordo com Katz, não há necessidade de cortar sobremesas. O segredo é comer de forma estratégica. Felizmente, algumas empresas do ramo alimentício estão começando a entender os problemas de saúde e de obesidade recentes, e estão dispostas a nos ajudar. Nos últimos quatro anos, algumas marcas de cereais cortaram o açúcar de seus produtos, e outros pequenos avanços foram feitos na direção de garantir que menos alimentos não saudáveis fossem disponíveis nos mercados. Claro que, em última instância, o controle do que comemos é de responsabilidade nossa. Para não precisar desistir dos doces, Katz diz que a chave é ficar de olho e comer apenas o recomendado por dia. Menos, bem menos, quase nada A Associação Americana do Coração recomenda que mulheres comam não mais do que 24 gramas de açúcar por dia. Isso é cerca de seis colheres de chá, ou 100 calorias – um pouco menos do que o valor encontrado em uma lata de refrigerante. O problema é que a mulher americana média consome cerca de 18 colheres de chá de diariamente – 3 vezes mais. O nosso pior problema é que o açúcar está escondido até mesmo em alimentos improváveis, de molhos de salada a biscoitos, fazendo-nos consumir bem mais do que achamos que consumimos. A dica aqui é pensar bem no que vai comer, e ler rótulos: se há adoçante nos ingredientes de um produto, deve estar escrito na sua embalagem. Estes podem aparecer como suco de cana evaporado, xarope de milho de alta frutose, suco concentrado de frutas, néctar de agave, frutose, dextrose e xarope, por exemplo. Procure marcas ou opções com baixo ou nenhum açúcar. Perigos reais e mitos Açúcar adicionado pode contribuir com doenças como obesidade, diabetes tipo II e doenças cardiovasculares. Em poucas palavras, comer muito açúcar pode causar acúmulo de gordura no fígado, que pode levar a esses problemas. Ou seja, restrinja seu consumo desses açúcares ao recomendado por dia. “Já os açúcares que ocorrem naturalmente em frutas, verduras e laticínios de baixa gordura não há necessidade de evitar”, diz Rachel K. Johnson, professora de nutrição da Universidade de Vermont em Burlington (EUA). Mesmo que tenham gosto muito doce, esses alimentos contêm quantidades relativamente pequenas de açúcar. Além disso, vêm recheados com vitaminas e minerais essenciais, juntamente com água e fibras, que retardam a liberação de açúcares no sangue e evitam picos de insulina. Açúcar em estado bruto (cru) não é melhor do que o açúcar comum. Néctar de agave, infelizmente, também não faz bem: seu principal constituinte, frutose, tende a ficar mais tempo no fígado do que outros tipos de açúcar. Alguns tipos de adoçantes, como o mel cru, têm nutrientes essenciais, mas são o mesmo que o açúcar branco em termos de calorias; alguns contêm até mais. E, apesar dos boatos de que fazem mal, a Administração de Drogas e Alimentos dos EUA considera adoçantes sem calorias, como estévia e aspartame, seguros. “A curto prazo, os dados sugerem que são mais seguros do que o açúcar granulado”, diz Kimber Stanhope, bióloga nutricional da Universidade da Califórnia-Davis (EUA).[CNN] http://hypescience.com/

Nenhum comentário: