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segunda-feira, 22 de março de 2010

Doenças ambientais aumentam problemas respiratórios

Com a chegada de temperaturas mais amenas e a proximidade de dias frios, portadores de doenças respiratórias como asma brônquica, bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam risco maior de exacerbações e manifestações agudas destes males.

“A junção de fatores como o ar frio e baixa umidade relativa comprometem as defesas do sistema respiratório, além do que a aglomeração de pessoas quando as temperaturas estão mais baixas, favorecem a contaminação por vírus e bactérias e, consequentemente, o aumento da ocorrência de infecções respiratórias”, comenta dr. Ericson Bagatin, presidente da sub-comissão de doenças ocupacionais da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

As chamadas doenças ambientais estão ligadas à poluição atmosférica, englobando, nesse contexto, os problemas ocupacionais, relacionados com os postos de trabalho. De acordo com estudo do Centro de Informações e Pesquisa Atmosférica da Inglaterra que analisou 20 metrópoles com a pior qualidade do ar, São Paulo é a 5º metrópole mais poluída do mundo.

Entre os milhões de mortes anuais que ocorrem em todo o mundo, 800 mil têm como causa em males respiratórios e cardiovasculares originados da poluição ambiental. A cada 10 microgramas por metro cúbico de poluentes acima do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o risco de câncer de pulmão aumenta em 12% . Em São Paulo, por exemplo, o registro médio é de 20 microgramas por metro cúbico acima deste padrão.

Como estratégias para minimizar os efeitos da poluição, o dr. Ericson sugere a utilização de medidas que possibilitem melhorar a umidade relativa do ar, especialmente nos locais com aglomeração de pessoas e nas residências. A utilização de vaporizadores ou umidificadores em grandes ambientes e de recipientes com água nos lares minimizam esses efeitos. Além disso, tomar as vacinas antigripais e, naqueles com indicação médica para a pneumonia, são estratégias eficazes para a prevenção dessas exacerbações.

Também é da máxima importância ressaltar que a cessação do tabagismo é mandatória, especialmente para aqueles com doenças cardiovasculares e respiratórias, uma vez que cerca de 5.000 substâncias são identificadas no cigarro, parte delas consideradas cancerígenas”, alerta dr. Ericson, que completa: “Os pacientes com idade avançada, portadores de doença pulmonar crônica devem procurar o médico logo que os primeiros sinais de exacerbação se manifestem, a fim de evitar complicações que podem ser fatais”.

A OMS alerta que, se os países adotassem medidas sérias para melhorar a qualidade do ar, cerca de 8 milhões de vidas seriam poupadas em todo o mundo até 2020.

Fonte: http://www.aquidauananews.com/index.php?action=news_view&news_id=161065

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