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domingo, 28 de março de 2010

Amazônia será vitrine ambiental na Copa 2014, diz Al Gore

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da paz Al Gore afirmou, nesta sexta-feira, que a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, poderá ser uma oportunidade para o País ser uma vitrine para as questões ambientais.

"O Brasil será uma vitrine quando a Copa do Mundo vier aqui para Manaus. Será um bom momento para já ter o aquário terminado", disse, referindo-se ao projeto de criação de um aquário de água doce na capital manauara. "Espero que algumas dessas empresas representadas aqui possam por a mão no bolso e ajudar".

A palestra de Al Gore, com o tema "A importância da conservação da Amazônia para deter o aquecimento global e as mudanças climáticas" foi o principal destaque da programação de hoje do Fórum Internacional de Sustentabilidade, que será realizado até amanhã em Manaus, com a presença de cerca de 300 líderes empresariais.

Voz poderosa

Em sua fala, Al Gore ressaltou a "voz poderosa" do Brasil nas discussões sobre o meio ambiente, em escala global. "O Brasil tem, de longe, a maior floresta do mundo, e uma voz bastante ouvida".

E afirmou que talvez seja preciso que os debates voltem ao país para que se tenha um acordo definitivo entre as nações. "Pode acontecer de o Brasil sediar de novo a reunião crítica para a decisão final, que se esperava que acontecesse em Copenhague", disse, sobre o encontro realizado na Dinamarca no ano passado, que terminou sem acordo entre países ricos e em desenvolvimento.

Al Gore destacou ainda a importância de se proteger o meio ambiente e também a renda das pessoas que vivem na Amazônia. "Elas podem acabar sofrendo se não fizermos o que é certo para o meio ambiente", afirmou, para completar: "A Amazônia é um grande tesouro. Protegida, ela protegerá o futuro do Brasil".

Longo prazo

O ex-vice-presidente dos EUA ressaltou também a importância em se pensar em soluções de longo prazo para o meio ambiente.

"Nos negócios, na política, no governo, na mídia, na cultura, houve uma tendência destrutiva de termos um pensamento de curto prazo. Mas, quando falamos da sobrevivência do nosso futuro, é difícil falarmos em curto prazo. Alguns investimentos levarão tempo para amadurecer".

O palestrante disse que os empresários "já ouviram muitas vezes" este discurso, mas defendeu sua importância. "Estou feliz e impressionado de ver que vocês estão tendo essa reunião para se desdobrar sobre como podemos vencer esses desafios".


Cláudia Andrade
http://invertia.terra.com.br

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