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segunda-feira, 8 de março de 2010

Brasileiros aprovam construções de luxo mesmo sendo danosos ao meio ambiente

Reportagem exibida pelo Fantástico testou o grau de consciência dos brasileiros sobre o consumo consciente. Iniciativa foi idealizada pelo Akatu e desenvolvida pela agência de publicidade Lew’Lara\TBWA.

A reportagem idealizada pelo Akatu e pela agência de publicidade Lew’Lara\TBWA e exibida no Fantástico, no domingo, dia 28 de fevereiro, flagrou brasileiros aprovando empreendimentos de alto padrão nos mais famosos cartões postais do país, mesmo sabendo que eles causam danos ao meio ambiente. A maioria dos entrevistados se mostrou interessado em comprar apartamentos projetados em lugares públicos destinados ao lazer. Nas areias da Boa Viagem, em Recife, 61% aprovou o empreendimento e, na praia de Pitangueiras, no Guarujá, 59% das pessoas gostaram da ideia de construir o prédio na areia da praia.
Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

"Havia o pressuposto de que as pessoas achariam um absurdo construir um prédio na areia da praia, mas essa não foi a reação da maioria, que pelo contrário, se mostrou muito interessada em comprar. Alguns ainda questionaram a legalidade dos empreendimentos, mas poucos ficaram indignados do ponto de vista ético”, expõe Helio Mattar, diretor presidente do Akatu.

Tudo começou em 2009, quando o Akatu pediu à Lew’Lara\TBWA uma campanha sobre o assunto. O objetivo era gerar reflexão sobre o impacto daquilo que consumimos e criou-se um projeto cuja ideia era demonstrar de forma mais lúcida possível o impacto de uma compra no limite da caricatura. Posteriormente, o projeto foi apresentado à Rede Globo e o Fantástico abraçou a ideia.


No último domingo, a reportagem de 7 minutos abriu o programa e chamou a audiência para opinar sobre o assunto no site do Fantástico, gerando ainda mais reflexão sobre o consumo consciente. No próximo domingo, dia 7, vão ao ar os resultados de Brasília e Rio de Janeiro.

Mattar chama atenção para o objetivo principal das reportagens: “acredito que foi um jeito muito criativo e ousado de levar as pessoas à reflexão e, é fundamental que não apontemos o dedo para quem manifestou desejo de comprar o apartamento. Isso tem de ser colocado no contexto da cultura de uma sociedade em que não há sensibilidade para os impactos do consumo. Se a pessoa tem dinheiro, e se é algo legal, compra e está resolvido. As pessoas não têm consciência dos impactos. Entretanto, quando isso for levado ao nível da consciência, elas não comprarão e tomarão outras decisões. Hoje, não é assim — hoje, se é legal, é ético.”

Fonte: Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

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