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quarta-feira, 17 de março de 2010

Afinal, o que é melhor para o meio ambiente, secador ou papel toalha?

Qualquer um com o mínimo de higiene pessoal lava as mãos algumas vezes ao dia, principalmente fora de casa. E começa aquela cruzada para secá-las. Com os dedos molhados, você tenta pegar uma folha de papel toalha e ela se dissolve. Ou o secador elétrico de mãos não adianta para nada, e as pessoas acabam usando as calças como toalhas. Mas qual dos dois métodos de secagem seria mais sustentável e eficiente para a natureza? A resposta não é tão óbvia. O papel toalha pode ser de celulose virgem, que vem de floresta de reflorestamento. A vantagem nisso é que uma árvore nova consome muito gás carbônico (CO2) e libera quantidades elevadas de oxigênio para crescer, ao contrário de uma árvore mais antiga. Tirando o fator do transporte, ele é mais sustentável do que imaginamos. Há também o papel toalha reciclado. “Muita gente fala que é ecologicamente correto, mas o processo usa muitos materiais químicos, que podem poluir muito mais do que a fabricação de outro papel qualquer. É um engodo, não cumpre seu papel de sustentabilidade, tem risco de contaminação e gera mais consumo. E pode vir de origens diferentes, de papéis que não são feitos para absorver direito”, afirma Sidney Valeije, diretor de descartáveis (papéis, copos e sacos de lixo) da Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza (Abralimp). E ninguém respeita o mantra do “use somente uma folha de papel”. Para Valeije, o consumidor está acostumado com um papel de baixa qualidade, e acaba usando três folhas, mesmo quando o material é bom. Pesquisas indicam que o secador de mãos (esse que usa energia elétrica, mesmo!) é mais eficiente do ponto de vista sustentável e de custos. Segundo a fabricante americana World Dryer, durante seu ciclo de vida (média de 10 anos), o secador emite 3 toneladas de CO2 a menos do que a produção de papel toalha, se usado proporcionalmente. São 1,6 toneladas liberadas pelo aparelho contra 4,6 toneladas do papel. A Brakey, empresa que comercializa secadores de mãos no Brasil, afirma que a economia de gastos com secadores chega a 90%. A cada R$ 10 gastos com papel toalha, o secador consome somente R$ 1 de energia elétrica. O aparelho elétrico é mais caro, mas se paga em seis a oito meses. “Você pode ir ao banheiro, usar um secador e saber que não agrediu o meio ambiente, não criou lixo sólido. O aparelho está sempre ali, não precisa de contato físico e consome somente energia elétrica renovável.”, afirma Joel Khanis, diretor da Brakey. Mas o diretor da Abralimp diz que o consumidor brasileiro não tem o hábito de usar o secador de mãos, e o mercado dos aparelhos no país é pequeno. Eles exigem manutenção, peças de reserva, e têm uso limitado. “A frequência de um banheiro com secador pode ser grande e criar filas. Ele é mais sustentável ecologicamente, mas não atende o consumidor por completo. O secador libera ar quente, e estamos em um país tropical, o que causa desconforto. Você não vê nenhum restaurante de nome com secador. Basicamente, só em cinema e shopping. Em um ambiente que o consumidor tem que ficar satisfeito, ele não existe”, afirma Valeije. A Kimberly & Clark, fabricante de papéis sanitários para higiene pessoal, publicou um estudo da Universidade de Westminster, na Inglaterra, para afirmar que os secadores de ar quente aumentam em até 254% a porcentagem de microorganismos nas mãos, enquanto o uso das toalhas descartáveis de papel reduzem o nível de bactérias em até 77%. Veja o gráfico abaixo: (Imagem em anexo) Para Joel, a quantidade de microorganismos que existem no jato de ar de um secador de mãos é a mesma presente no ar que respiramos. E o secador pode conviver com o papel toalha. “Num aeroporto, por exemplo, o usuário precisa escovar os dentes ou secar o rosto com papel. E comprovamos que onde coexistem os dois sistemas, o consumo de papel toalha cai 40%”, afirma. De qualquer maneira, nenhum dos dois rivais é esterilizado o suficiente para ser usado em salas cirúrgicas. Qualquer um com o mínimo de higiene pessoal lava as mãos algumas vezes ao dia, principalmente fora de casa. E começa aquela cruzada para secá-las. Com os dedos molhados, você tenta pegar uma folha de papel toalha e ela se dissolve. Ou o secador elétrico de mãos não adianta para nada, e as pessoas acabam usando as calças como toalhas. Mas qual dos dois métodos de secagem seria mais sustentável e eficiente para a natureza? A resposta não é tão óbvia.

O papel toalha pode ser de celulose virgem, que vem de floresta de reflorestamento. A vantagem nisso é que uma árvore nova consome muito gás carbônico (CO2) e libera quantidades elevadas de oxigênio para crescer, ao contrário de uma árvore mais antiga. Tirando o fator do transporte, ele é mais sustentável do que imaginamos.

Há também o papel toalha reciclado. “Muita gente fala que é ecologicamente correto, mas o processo usa muitos materiais químicos, que podem poluir muito mais do que a fabricação de outro papel qualquer. É um engodo, não cumpre seu papel de sustentabilidade, tem risco de contaminação e gera mais consumo. E pode vir de origens diferentes, de papéis que não são feitos para absorver direito”, afirma Sidney Valeije, diretor de descartáveis (papéis, copos e sacos de lixo) da Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza (Abralimp).

E ninguém respeita o mantra do “use somente uma folha de papel”. Para Valeije, o consumidor está acostumado com um papel de baixa qualidade, e acaba usando três folhas, mesmo quando o material é bom.

Pesquisas indicam que o secador de mãos (esse que usa energia elétrica, mesmo!) é mais eficiente do ponto de vista sustentável e de custos. A organização The Climate Conservancy, fundada por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirma que o uso de duas folhas de papel toalha emite 56 g de CO2. E o uso de um secador de mãos por 30 segundos lança de 9 g a 40 g de CO2 na atmosfera.

Segundo a fabricante americana World Dryer, durante seu ciclo de vida (média de 10 anos), o secador emite 3 toneladas de CO2 a menos do que a produção de papel toalha, se usado proporcionalmente. São 1,6 toneladas liberadas pelo aparelho contra 4,6 toneladas do papel. A Brakey, empresa que comercializa secadores de mãos no Brasil, afirma que a economia de gastos com secadores chega a 90%. A cada R$ 10 gastos com papel toalha, o secador consome somente R$ 1 de energia elétrica. O aparelho elétrico é mais caro, mas se paga em seis a oito meses.

“Você pode ir ao banheiro, usar um secador e saber que não agrediu o meio ambiente, não criou lixo sólido. O aparelho está sempre ali, não precisa de contato físico e consome somente energia elétrica renovável.”, afirma Joel Khanis, diretor da Brakey.

Mas o diretor da Abralimp diz que o consumidor brasileiro não tem o hábito de usar o secador de mãos, e o mercado dos aparelhos no país é pequeno. Eles exigem manutenção, peças de reserva, e têm uso limitado. “A frequência de um banheiro com secador pode ser grande e criar filas. Ele é mais sustentável ecologicamente, mas não atende o consumidor por completo. O secador libera ar quente, e estamos em um país tropical, o que causa desconforto. Você não vê nenhum restaurante de nome com secador. Basicamente, só em cinema e shopping. Em um ambiente que o consumidor tem que ficar satisfeito, ele não existe”, afirma Valeije.

A Kimberly & Clark, fabricante de papéis sanitários para higiene pessoal, publicou um estudo da Universidade de Westminster, na Inglaterra, para afirmar que os secadores de ar quente aumentam em até 254% a porcentagem de microorganismos nas mãos, enquanto o uso das toalhas descartáveis de papel reduzem o nível de bactérias em até 77%.

Para Joel, a quantidade de microorganismos que existem no jato de ar de um secador de mãos é a mesma presente no ar que respiramos. E o secador pode conviver com o papel toalha. “Num aeroporto, por exemplo, o usuário precisa escovar os dentes ou secar o rosto com papel. E comprovamos que onde coexistem os dois sistemas, o consumo de papel toalha cai 40%”, afirma. De qualquer maneira, nenhum dos dois rivais é esterilizado o suficiente para ser usado em salas cirúrgicas.

Galileu análise de especialista
Por Felipe Pontes

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