O aumento da vulnerabilidade humana está relacionado ao modelo do desenvolvimento desenfreado e não sustentável das ocupações e territórios, como também mudanças climáticas e construções civis em áreas de riscos. Os desastres ambientais afetam a saúde, causando mortes, ferimentos, intoxicações, doenças e transtornos psicossociais, destruição de infraestrutura de saúde e equipamentos, danificações de saneamento, interrupção de serviços públicos como energia, transporte e telefonia. Fatores estes que poderiam ser evitados se existissem conscientização por parte da população e comprometimento, orientação por parte do Poder Público.
Inúmeras doenças aparecem decorrentes desses acontecimentos, como as doenças de pele, as doenças respiratórias, diarreias, dengue e leptospirose. Além do perigo do contato com animais peçonhentos que vêm juntos com toda a sujidade que fica após o caos.
Em contrapartida a esta realidade, medidas necessárias são tomadas para minimizar e possibilitar esperança e suporte às famílias. Poderá ser realizada campanha de vacinação como hepatite A e tétano, por isso a importância de ser notificado os casos de doenças compulsórias para consolidar aos dados gerais da população atingida.
Os meios de comunicação são importantes para obter informações, promover a educação, orientar a população promovendo a saúde e evitando futuros desastres. Estes ajudam a promover campanhas de coletas de alimentos e roupas para os desabrigados e desalojados.
Órgãos públicos como a Defesa Civil são responsáveis em providenciar locais de alojamento para os desabrigados mantidos por doações onde as famílias são separadas por uma triagem priorizando as que possuem crianças, deficientes e idosos, com o objetivo de manter as famílias unidas.
A atuação para prevenção de desastre pode contribuir para melhor qualidade de vida e saúde da população, desenvolvendo um conjunto de ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública, reduzindo a exposição da população e dos profissionais de saúde aos riscos de desastres, doenças e agravos destes. Também melhorar os danos e o mau planejamento das construções civis, estruturar programas de vigilância em saúde ambiental, identificar ameaças e vulnerabilidade, organizar fluxo de atendimento para agravos prioritários, formar equipe multiprofissional capacitada para situações alarmantes, restabelecer serviços de abastecimento de água e medicamentos.
Sabemos que é difícil conscientizar os cidadãos de que podemos evitar tragédias cuidando e respeitando do nosso meio ambiente, pois sabe-se que o fenômeno é natural, mas o desastre é social.
Adriana Milioli e Kátia Darós Paim | Acadêmicas do curso superior de Enfermagem das Faculdades Esucri
http://www.atribunanet.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário