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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cientistas criam mosquito infértil para reduzir transmissão da malária


A engenharia genética pode ser uma arma contra as doenças transmitidas por insetos. Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (8) pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” mostrou que é possível esterilizar os mosquitos Anopheles gambiae – transmissores da malária – e soltá-los na natureza, e que isso reduziria o risco de epidemias.

A doença mata cerca de 800 mil por ano e, segundo a Organização Mundial da Saúde, uma criança africana morre por conta desse mal a cada 45 segundos.

“Na luta contra a malária, muitos esperam que a capacidade de controlar o mosquito vetor vá ser um dia uma parte chave do nosso arsenal”, disse a pesquisadora Flaminia Catternuccia, que liderou o estudo.

Os cientistas do Imperial College, de Londres, no Reino Unido, conseguiram neutralizar um gene necessário para a produção de esperma nos machos da espécie. O estudo concluiu que as fêmeas não são capazes de perceber se um macho é ou não fértil.

A fêmea do A.gambiae cruza apenas uma vez durante a vida. No ato sexual, seus ovos são fecundados; ela passa por mudanças, faz uma refeição – de sangue – e, em seguida, põe os ovos.

Segundo a pesquisa, esses hábitos não foram alterados pela esterilização dos machos. Isso significa que, pelo menos teoricamente, a alteração genética feita pelos pesquisadores vá funcionar como um método de controlar a população de mosquitos.

No ano passado, uma outra pesquisa, também britânica, conseguiu resultados semelhantes para o Aedes aegypti, que transmite a dengue.

(Fonte: G1)

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