O vírus H1N1 da gripe suína pode estar começando a sofrer mutação, e uma forma um pouco diferente começou a predominar na Austrália, na Nova Zelândia e em Cingapura, relataram pesquisadores na quinta-feira (21).
São necessários mais estudos para dizer se a nova cepa apresenta um risco maior de matar os pacientes e se a vacina atual é capaz de proteger contra ela, disseram Ian Barr, do Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Referência e Pesquisa sobre Influenza em Melbourne, na Austrália, e seus colegas.
“No entanto, isso pode representar o início de uma mudança antigênica mais drástica dos vírus A (H1N1) do influenza que poderá exigir uma atualização da vacina mais cedo do que o esperado”, escreveram eles na publicação online Eurosurveillance.
É possível que a nova cepa seja mais letal e ainda capaz de infectar pessoas já vacinadas, segundo os pesquisadores.
Os vírus da gripe sofrem mutação constantemente – é por isso que as pessoas precisam de uma nova vacina da gripe a cada ano. Depois de seu surgimento em março de 2009 e da disseminação global, o vírus H1N1 da gripe suína permaneceu bastante estável com praticamente nenhuma mutação.
Cientistas de todo o mundo permanecem atentos a todas as cepas de gripe, alertas para o caso do surgimento de uma mutação especialmente perigosa. Embora o H1N1 não tenha se tornado especialmente letal, ele se espalhou pelo planeta em algumas semanas e matou mais crianças e adultos jovens do que uma cepa comum.
A OMS anunciou o fim da pandemia em agosto, mas o H1N1 agora é a principal cepa de gripe sazonal em circulação em quase todos os lugares, com exceção da África do Sul, onde o H3N2 e o influenza B são mais comuns. A atual vacina da gripe protege contra o H1N1, o H3N2 e a cepa B.
“O vírus pouco mudou desde que surgiu em 2009; entretanto, nesse artigo descrevemos diversas mudanças distintas geneticamente no vírus influenza H1N1 pandêmico”, escreveu a equipe de Barr no artigo.
“Essas variantes foram detectadas pela primeira vez em Cingapura no começo de 2010 e depois se espalharam pela Austrália e Nova Zelândia.”
As mudanças ainda não são significativas, afirmam eles. Mas houve casos de pessoas vacinadas que se infectaram, e também algumas mortes.
(Fonte: G1)
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