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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desmatamento na Amazônia reduz 47%, mas região perde 265 km² de floresta

A taxa de desmatamento da Amazônia caiu 47% em agosto, mês em que as queimadas explodiram no Brasil. O dado é do Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A queda se refere a agosto de 2009.

O número foi divulgado nesta sexta-feira (8) em Brasília pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que antecipou sua apresentação – prevista só para a semana que vem. Inevitavelmente, o dado será usado na campanha presidencial como credencial verde da candidata do governo, Dilma Rousseff.

Foram 265 km2 desmatados no mês, contra cerca de 500 km2 em agosto de 2009 e 485 km2 em julho deste ano. É um número positivo para inaugurar a série de dados de 2011 (o desmatamento é medido de agosto de um ano a julho do ano seguinte), e também uma surpresa. Afinal, em agosto as queimadas tiveram um aumento de 300% em todo o país.

Por conta dos incêndios, a degradação florestal medida pelo sistema de monitoramento por satélite do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) cresceu 241% em agosto de 2010. O desmatamento, porém, caiu 23%, diz o Imazon.

“Se a gente juntasse a degradação ao corte raso, [a taxa] explodiria [em agosto]“, diz Adalberto Veríssimo, pesquisador do instituto.

Em agosto, o Pará liderou o desmate na região, com 134 km2 de desmate, seguido por Mato Grosso, com 54,85 km2 e pelo Amazonas, com 26,4 km2 a menos de florestas no período.

No mundo – Um novo levantamento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) indica que, nesta década, o desmate em 121 países tropicais foi menor do que nos anos 1990. Os números: 9,34 milhões de hectares anuais, contra 11,33 milhões na década passada.

(Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

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