Secas extremas poderiam mais que triplicar as perdas de plantações no nordeste da China, diz um estudo da McKinsey.
Recentemente, dois estudos centraram-se sobre o impacto das mudanças climáticas na China. Ambos concordam que o maior emissor mundial de gases do efeito de estufa vai experimentar o tempo instável e uma queda drástica da produção das principais culturas no futuro.
A produção de grãos chinesa provavelmente terá uma queda de dez por cento quando a temperatura aumentar um grau Celsius. O período de cultivo de arroz da China irá reduzir de sete a oito dias, se a temperatura subir um grau Celsius.
Isso vai diminuir a qualidade do arroz, e se o mecanismo de produção atual de grãos não vai mudar até 2030, o potencial de produção agrícola vai cair de cinco a 30 por cento, diz Zheng Guoguang, chefe da Administração Meteorológica da China, em um artigo publicado no site da agência.
“Se desastres climáticos extremos ocorrerem duas ou mais vezes dentro de cinco anos – por exemplo, a grande seca de dois ou três anos -, então o impacto no desenvolvimento econômico e social do nosso país seriam incalculáveis”, escreve Zheng, segundo a Reuters.
É imperativo tomar medidas ativas e eficazes para combater as alterações climáticas, conclui o artigo no site do Instituto de Meteorologia China.
Outro estudo da McKinsey & Co. estima que uma seca extrema causada por um “cenário de mudança acentuada do clima” poderia mais que triplicar as perdas das culturas no nordeste da China para 13,8 milhões de toneladas, ou 12 por cento do total, em 2030. Este cenário pressupõe uma duplicação em gravidade e freqüência de seca extrema, diz o relatório, segundo a Bloomberg.
No entanto, a precisão das previsões feitas até agora para o futuro é difícil julgar, diz Ma Wenfeng, um investigador em Pequim Orient Agribusiness Consultant Ltd., de acordo com a agência de notícias.
“Para um país do tamanho da China, é difícil dizer se as tendências climáticas irão reduzir ou aumentar a produção de grãos em 50 anos … Alguns locais podem ter redução, enquanto outras áreas que anteriormente poderia não ser as mais adequadas para a produção de grãos, podem se tornar produtores de grãos “, diz Ma Wenfeng, segundo a Bloomberg.
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