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sábado, 1 de março de 2014

Substância do alho destrói bactérias resistentes a antibióticos

Ajoena Cientistas encontraram no alho uma substância capaz de exterminar algumas das mais perigosas cepas de bactérias que desenvolvem resistência aos antibióticos. "Há um potente composto químico no alho que neutraliza as bactérias resistentes paralisando seu sistema de comunicação," conta o Dr. Tim Holm Jakobsen, da Universidade de Copenhague (Dinamarca). "A ajoena, a substância presente no alho, evita que as bactérias segreguem a toxina ramnolipídeo, que destrói os glóbulos brancos do sangue no corpo," explica Jakobsen. Quando as bactérias se agregam, formando o que é conhecido como biofilme, elas se tornam resistentes aos antibióticos. Pesquisadores de todo o mundo têm dedicado especial atenção à bactéria Pseudomonas aeruginosa, que provoca infecções em pacientes com úlceras, por exemplo, ou nos pulmões de pacientes que sofrem de fibrose cística. A nova substância extraída do alho entra no biofilme - que é uma enorme e densa colônia de bactérias - e destrói seu sistema de comunicação, permitindo a ação dos antibióticos convencionais. "A ajoena reforça e melhora o tratamento com os antibióticos convencionais. Nós demonstramos claramente isso em biofilmes cultivados em laboratório e em ensaios envolvendo cobaias. Quando injetamos antibióticos no biofilme, eles têm muito pouco efeito, e a ajoena sozinha faz pouca diferença. É apenas quando os dois são combinados que algo significativo acontece," explica Jakobsen. O tratamento combinado de antibiótico com ajoena matou mais de 90% das bactérias resistentes nos biofilmes. A expectativa agora é que a indústria farmacêutica possa dar apoio à pesquisa para extração da ajoena ou sua fabricação sintética - isso porque são necessários pelo menos 50 dentes de alho para extrair a ajoena necessária para fazer uma dose do tratamento. "A natureza é um excelente ponto de partida para o desenvolvimento de medicamentos - dois terços de todos os novos fármacos são à base de substâncias naturais," concluiu Jakobsen. Redação do Diário da Saúde

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