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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Transplante de medula: estudo aponta qual método pode ser mais seguro

Para tratamento de certos cânceres, principalmente o câncer no sangue, o procedimento padrão é a quimioterapia seguida do transplante de medula óssea. A finalidade do transplante é a transferência células hematocitopoiéticas, um tipo de célula-tronco que se transforma em hemácias, leucócitos e plaquetas, responsáveis pela oxigenação, combate à infecção e coagulação sanguínea. A coleta das células hematocitopoiéticas pode ser feita de duas formas. Uma das formas é o transplante de medula (BM), uma cirurgia de duas ou três horas, com anestesia geral, em que a medula óssea é coletada do osso da bacia com uma agulha e seringa. A outra forma é chamada de coleta periférica de células tronco sanguíneas (PBSC), e consiste em cinco dias de aplicação de um produto que faz com que as células-tronco migrem para o sistema circulatório por um período de alguns dias, onde podem então ser coletadas por um procedimento chamado aférese. O doador que passa pelo processo da PBSC sofre dores durante o período de tratamento de cinco dias de tratamento com citocinas, e os doadores de medula óssea tem mais desconforto logo após a doação, mas os dois tipos de doadores não têm mais sintomas quatro semanas após a doação. Apesar do procedimento de PBSC ser o mais comum nos Estados Unidos, até o fim do ano passado não havia nenhum estudo que apontasse qual o melhor método. O estudo feito pelo hematologista Ned Waller é o primeiro nesta área, e envolveu 48 centros e uma seleção de 551 pacientes, e não encontrou diferenças significativas na taxa de sobrevivência nos dois anos seguintes, nem nas taxas de rejeição, ou em doenças agudas de doença enxerto versus hospedeiro (GVHD). Entretanto, e esta é a descoberta importante do estudo, os pacientes que usaram células-tronco sanguíneas tiveram uma taxa maior de GVHD crônicas. A GVHD é uma complicação difícil, algumas vezes ameaça a vida dos pacientes, e envolve danos infligidos ao novo sistema imune do transplantado, no fígado, pele e sistema digestivo. A descoberta vai gerar discussões entre os pesquisadores da área de transplante sobre qual a melhor opção para tratamento, se a doação de medula ou o transplante de células-tronco sanguíneas, e em que situações usar cada opção.http://hypescience.com

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