quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Surgem esperanças de uma vacina contra Alzheimer
Estimular a defesa natural
Cientistas da Universidade de Laval (Canadá) descobriram uma forma de estimular o mecanismo de defesa natural do cérebro em pessoas com Mal de Alzheimer.
A descoberta, publicada na revista científica PNAS, abre o caminho para o desenvolvimento de um tratamento para a doença, hoje incurável.
Mais do que isso, afirmam o Dr. Serge Rivest e sua equipe, os resultados abrem a possibilidade da criação de uma vacina contra Alzheimer.
Placas senis
Uma das principais características do Mal de Alzheimer é a produção de uma molécula conhecida como beta amiloide.
As células microgliais, as defensoras do sistema nervoso, são incapazes de eliminar essa substância, que se acumula e forma placas conhecidas como placas senis.
Os pesquisadores agora identificaram uma molécula que incrementa a atividade das células imunológicas do cérebro - a molécula é chamada MPL (lipídio monofosforil A).
Em um estudo em camundongos, injeções de MPL por um período de 20 semanas eliminaram até 80% das placas senis.
Além disso, testes que avaliam a capacidade dos camundongos para aprender novas tarefas mostraram melhorias significativas de desempenho no mesmo período.
Vacina contra Alzheimer?
Segundo os pesquisadores, há duas possibilidades de uso para a MPL.
Na primeira, a droga poderia ser injetada por via intramuscular para retardar o desenvolvimento da doença.
Na segunda, ela poderia ser incorporada em uma vacina para estimular a produção de anticorpos contra as amiloides beta.
"A vacina poderia ser dada a pessoas que já têm a doença para estimular sua imunidade natural," disse o Dr. Rivest. "Ela também poderia ser administrada como medida preventiva em pessoas com fatores de risco para a doença de Alzheimer".
Antes disso, porém, será necessário efetuar os testes clínicos em humanos.
Redação do Diário da Saúde
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