Problemas de “ordem antrópica”, isto é da ação do homem, trazem danos bastante perversos para a sobrevivência de algumas espécies na região do Pantanal de Mato Grosso, alem de afetar a saúde da população local. O alerta foi feita pelo coordenador da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), Ivan Ruela, em artigo denominado “Um Paraíso Ameaçado”. Ele cita como primeiro exemplo a questão do Rio Cuiabá, cujo curso d’água – afirma o pesquisador – “já perdeu grande volume de água” e vem servindo como uma espécie de “lixão” em boa parte da capital matogrossense.
Ivan observa que o Rio Cuiabá chega ao Pantanal com significativas alterações em seu leito, também provocadas pela monocultura de grãos nas cabeceiras, resíduos industriais e minerais, alem de contaminação feita por agrotóxicos, degradando também os solos. “A criação de gado na região, também gera um grande impacto, uma vez que extensas áreas são abertas, afetando a vegetação local” – frisa o pesquisador da Rede.
Outro gargalo que pode se notar também é a falta de campanhas educacionais, com relação ao atropelamento de varias espécies, que trafegam na Rodovia Transpantaneira.
O pesquisador destaca que Sesc Pantanal, com 106.782 hectares é um grande avanço ecológico, turístico e social, para a região, atingindo alcance internacional. Ele sugere que “o poder público, ciente dos problemas hídricos da região, deveria colaborar e fazer parte deste sucesso, através de políticas públicas de saneamento e de gerenciamentos de resíduos, em conjunto com a sociedade civil, e de outras instituições”.
Além disso, Ivan Ruela enfatiza que os produtores rurais do Pantanal deveriam seguir exemplo dos nativos pantaneiros, utilizando produção de forma racional, poupando os recursos naturais, para que estes tenham vida mais longa, sendo benéficos para o desenvolvimento sustentável da região.
Redação 24 Horas News
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