A intervenção de um grupo ativista contrário à caça de baleias pressionou o Japão a encerrar antecipadamente sua temporada de caça na Antártida, disse o ministro da pesca do país, Michihiko Kano, nesta sexta-feira (18). A suspensão da caça já havia ocorrido na semana passada por conta da pressão da Sea Shepherd, mas agora foi oficializada pelo governo.
Esta é a primeira vez em que uma frota está retornando para casa mais cedo por causa de confrontos com ativistas. Tentativas repetidas da organização não governamental (ONG) Sea Shepherd para bloquear a caça irritaram o Japão, um dos três países, junto com Noruega e Islândia, que ainda caçam baleias. O governo afirma que a caça é uma importante tradição cultural.
“Tem se tornado difícil garantir a segurança da frota”, disse Kano em coletiva de imprensa. “Não temos escolha senão encerrar nossa pesquisa mais cedo.”
A Sea Shepherd considerou a decisão uma vitória para as baleias e disse que o movimento estava se tornando cada vez mais eficiente em intervir nas operações da frota japonesa. “Não fizemos muito diferente, mas chegamos lá mais cedo e interceptamos e atrapalhamos eles muito antes de eles poderem começar”, disse por telefone Jeff Hansen, diretor australiano da instituição.
“A cada ano estamos custando para eles mais e mais dinheiro. É uma caça altamente subsidiada e estão gastando e perdendo milhões. Então estamos, de fato, atingindo seus bolsos”, disse.
A frota japonesa, composta de 180 pessoas e 4 navios, está retornando de sua caça anual um mês antes do previsto após caçar 170 baleias, cerca de um quinto da meta, de acordo com Shigeki Takaya, autoridade do ministério da pesca no país.
(Fonte: G1)
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