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sábado, 31 de julho de 2010

Hepatite C é a que mais mata entre os vários tipos da doença

Hepatite por transfusão

A hepatite C é a doença que causa o maior número de óbitos entre todos os tipos de hepatite, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em razão do Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais.

Segundo a diretora do Departamento de DST/Aids do ministério, Mariângela Simão, mais de 70% dos casos desse tipo de hepatite se tornam crônicos.

"Os grupos que são atingidos pela hepatite C são grupos mais velhos, em especial por transfusão sanguínea. Essa hepatite é silenciosa e, em 70% dos casos, se torna crônica. Além disso, não há uma vacina disponível no mundo contra ela", disse.

Hepatite no Brasil

Em 2009 foram confirmados no Brasil 9.794 casos de hepatite C e em 2008 foram 9.954 casos. Grande parte desses casos se concentra na faixa etária dos 50 aos 59 anos, que foram contaminados por meio de seringas não esterilizadas e transfusão de sangue feitas até 1993, quando não havia sido iniciado teste para hepatite.

Outro tipo de hepatite que também tem preocupado é a hepatite B, na qual cerca de 90% a 95% dos casos se tornam agudos. Esse tipo de hepatite atinge principalmente a faixa etária entre 20 e 59 anos. No ano passado foram confirmados 14.601 casos da doença no Brasil, que pode ser evitada por meio de vacina, encontrada em toda a rede pública de saúde.

A hepatite B normalmente é transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, objetos de manicure não esterilizados entre outras. Ela pode ser evitada por meio de vacina, que é aplicada em três doses até os 19 anos, pelo uso de camisinha e esterilização de objetos.

Hepatites A e D

Em relação à hepatite A, foram registrados no país ano passado 10.383 casos da doença, que atinge principalmente a faixa etária de até os 12 anos de idade. A principal forma de contágio é por meio da água contaminada, alimentos mal lavados, mãos mal lavadas ou sujas de fezes ou objetos contaminados. Ela pode ser evitada por meio de vacina.

A hepatite D foi a que teve o menor número de casos confirmados no Brasil no ano passado, com 242 casos. Ela normalmente ocorre em conjunto com a hepatite B, pois o vírus da hepatite D usa uma proteína do vírus da hepatite B para poder se desenvolver.

A hepatite D é adquirida pelo mesmo modo que a hepatite B e o tratamento indicado é o mesmo para esses dois tipos da doença. A vacina contra esse tipo de hepatite é o mesmo para o tipo B.

Roberta Lopes - Agência Brasil

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