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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Manejo florestal pode ajudar a manter estoques de carbono


As práticas de manejo e exploração florestal podem ajudar a manter os estoques de carbono e a biodiversidade nas florestas, porém para isso devem seguir determinadas boas práticas, defenderam especialistas durante o Congresso Florestal Mundial em Buenos Aires, na última semana.

Artigos recentes publicados em diversos periódicos científicos têm ressaltado que as práticas de manejo florestal estão ligadas à degradação, porém Manuel Guariguata, do Centro Internacional de Pesquisas de Manejo Florestal (CIFOR, na sigla em inglês) afirma que práticas novas não estão sendo consideradas, como operações planejadas a longo prazo.

Luc de Mandron, da ONG ONF Internacional, explicou que existem três tipos de exploração florestal. A exploração convencional não utiliza técnicas de cartografia, realiza as atividades com pouco conhecimento, desperdiça madeira e não protege áreas frágeis. A exploração com plano de gerenciamento já utiliza sistemas de informação geográfica (SIG) e rotação de áreas de corte, planeja as estradas a serem abertas, estabelece um diâmetro mínimo de corte e um número máximos de árvores a serem exploradas por hectare e não mexe em áreas sensíveis.

Já as explorações de fraco impacto, diz Mandron, adotam técnicas aprimoradas de abate das árvores, otimizando as etapas da atividade e utilizando a traçabilidade (acompanhamento do m3 desde a produção até aplicação). Assim, esta técnica contribui muito para que os estoques de carbono sejam mantidos nas explorações florestais.

A melhoria das práticas de manejo florestal já está incluída no mercado voluntário de carbono, sendo considerada na metodologia para projetos do Voluntary Carbon Standard (VCS), relembrou Lucio Pedroni, co-fundador do padrão Climate, Community and Biodiversity (CCB) e chefe executivo da empresa Carbon Decisions International.
Autor: Fernanda B. Müller - Fonte: CarbonoBrasil

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