Páginas

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ambientalista defende que conscientização ambiental deve começar na escola

Consumo consciente do plástico, reciclagem e produção de menos lixo são assuntos que não param de ser discutidos quando o tema é preservação do meio ambiente. Os especialistas da área dizem que nenhum dos problemas relacionados à degradação da Natureza será resolvido sem passar pelas questões cultural e educação. Soluções pontuais como produzir menos lixo em casa e optar por não usar sacolas plásticas nos supermercados podem ajudar a diminuir os danos causados pelo homem no meio-ambiente.

Para o ambientalista Fernando Pinto, da ONG Instituto para a Preservação da Mata Atlântica, é preciso que seja feito um trabalho de educação ambiental nas escolas para que as crianças possam reproduzir o que aprenderem junto aos pais. “É muito mais fácil que os adultos ouçam os filhos que outra pessoa. A nossa esperança é que essas futuras gerações sejam mais conscientes em relação ao meio-ambiente”, disse ele completando que a ONG realiza um trabalho de capacitação de professores para abordagem sobre temas relacionados à preservação dos bens naturais.

Mas, o ambientalista alerta que, antes de as pessoas entenderem a importância de se cuidar do planeta, algumas medidas podem ser tomadas. Optar por uma sacola de tecido ao invés dos sacos plásticos nas compras do supermercado é uma delas. Ele conta que, em muitos países da Europa, o uso do material em estabelecimentos já foi bastante reduzido.

“O plástico é um problema muito sério, pois dura em média 100 anos para se decompor na Natureza. Há o plástico biodegradável, mas o custo é muito alto e os empresários não querem arcar com esse custo, que terminaria sendo repassado para o consumidor final. Usar essas sacolas de tecido é uma alternativa. Vemos que em alguns locais é feito um trabalho de incentivo aos clientes a não levar as sacolas de plástico”, colocou Pinto.

Sobre a reciclagem, o ambientalista alerta que há um perigo na medida. Ele explica que os cidadãos separam o lixo em casa, mas quando eles são recolhidos pelos caminhões da coleta seletiva, os materiais se misturam. Para Pinto, a reciclagem apenas fará sentido se for dado aos materiais o destino adequado.

“Há cidades onde cada carro recolhe um tipo de material, é o que sugerimos que seja feito aqui. As pessoas separam tudo, acreditando que estão ajudando, mas muitas vezes o lixo não é bem reaproveitado”, observou o ambientalista.

Aterro
Sobre o destino que se deve dar a objetos como pilhas e baterias, Pinto afirma que com a implantação do aterro sanitário em Maceió essa é uma questão simples de ser resolvida. Ele diz que o ideal é que haja pontos de coleta desses materiais. Depois de recolhidos eles serão levados para o aterro, que terá um local para que eles sejam colocados.

“Atualmente, a preocupação é saber onde colocar o lixo. Com o aterro, não teremos mais esse problema. Poderemos transformar gás em energia, o que acontece em alguns locais já. Não haverá mosquitos, que são vetores para muitas doenças, uma vez que o lixo não ficará exposto. O chourume vai ser tratado. Com o aterro, por exemplo, não teremos a contaminação da água no subsolo”, disse o ambientalista.

Para ele, a preocupação de autoridades em relação a problemas ambientais é evidente nos dias de hoje, pois diante da situação do planeta não há como não “prestar atenção” no que está acontecendo. “Estamos sendo obrigados a isso. Tem uma frase muito interessante que diz que a natureza não revida uma agressão e sim, se vinga depois. É o que estamos vendo agora”, frisou.
Jornal Alagoas em Tempo

Nenhum comentário: