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domingo, 24 de novembro de 2013

Seu cérebro vê coisas que você não vê

Jay Sanguinetti, da Universidade do Arizona (EUA), fez uma descoberta que desafia as teorias sobre como o cérebro se relaciona com a percepção consciente - com a mente. Os experimentos mostraram que o cérebro processa e entende informações visuais que podem nunca chegar ao nível consciente. Em termos simples: seu cérebro "vê", mas você não. Isto desafia os modelos atualmente aceitos sobre como o cérebro processa a informação visual e abre questões totalmente novas sobre mente e cérebro. Consciência inconsciente Sanguinetti mostrou aos voluntários uma série de silhuetas negras, algumas das quais continham objetos significativos e reais representados pela porção branca do desenho. "Nós queríamos saber se o cérebro estava processando o significado dos objetos que estão do lado de fora dessas silhuetas. A questão específica foi 'Será que o cérebro processa essas formas ocultas ao nível de significado, mesmo quando a pessoa não as vê conscientemente?" esclarece o pesquisador. A resposta é sim. As ondas cerebrais dos participantes indicaram que, mesmo que uma pessoa nunca reconheça conscientemente as formas brancas, do lado de fora dos desenhos, seus cérebros processam essas formas até o nível da compreensão do seu significado. Mas depois o cérebro aparentemente descarta essa compreensão. Processamento do significado "Há uma assinatura no cérebro para o processamento significativo", explica Sanguinetti. "Um pico nas ondas cerebrais médias, chamado N400, indica que o cérebro reconhece um objeto e o associa com um significado particular." Esse pico ocorre cerca de 400 milissegundos depois que a imagem é mostrada - o N indica as ondas abaixo de um eixo de referência, enquanto as ondas acima desse eixo são chamadas de P. A presença do pico N400 indica que o cérebro dos voluntários reconheceu o significado dos formatos do lado de fora da figura, embora eles não tenham relatado sua identificação. Isto leva à questão de por que o cérebro processa o significado de uma forma e depois a descarta, "impedindo" que a pessoa fique consciente dela. Para essa questão os pesquisadores ainda não têm uma resposta.Diário da Saúde

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