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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Descoberta forma de destruir infecções bacterianas sem antibióticos

Um novo tipo de agente antibacteriano, chamado PPMO, parece funcionar tão bem ou até melhor do que os antibióticos. Melhor do que isso, esses compostos podem ser mais precisos em sua ação e também resolver os problemas com a resistência aos antibióticos. PPMO é uma sigla em inglês para oligômero morfolino fosforodiamidato conjugado com peptídeo. É um análogo sintético do DNA ou do RNA, com a capacidade para silenciar a expressão de genes específicos. Em comparação com os antibióticos convencionais, que são frequentemente encontrados na natureza, os PPMOs são totalmente sintetizados em laboratório com um alvo genético específico em mente. Em estudos com animais, uma forma de PPMO mostrou um controle significativo de duas linhagens de Acinetobacter, um grupo de bactérias que tem causado mortalidade significativa, tornando-se um preocupação em nível mundial. Ataque genético Os PPMOs empreendem um ataque sobre a infecção bacteriana fundamentalmente diferente do que os antibióticos fazem. Eles visam genes específicos de uma bactéria, enquanto os antibióticos convencionais apenas perturbam a sua função celular e, muitas vezes, têm impactos indesejados significativos - os chamados efeitos colaterais. À medida que forem mais desenvolvidos, os PPMOs poderão se tornar uma nova abordagem não apenas contra as infecções bacterianas, como também para quase qualquer doença que tenha um componente genético subjacente. "O mecanismo que os PPMOs usam para matar as bactérias é revolucionário," entusiasma-se o Dr. Bruce Geller, professor de microbiologia da Universidade do Estado do Oregon (EUA), que coordenou os novos testes do composto. "Eles podem ser sintetizados para atingir praticamente qualquer gene, e de uma forma que evita o desenvolvimento da resistência aos antibióticos e os impactos negativos por vezes associados com antibióticos de largo espectro. "A medicina molecular é o caminho do futuro," assevera ele. Toxicidade incerta Contudo, os PPMOs estão em estágio inicial de pesquisa e ainda não foram testados em seres humanos. A sua estrutura química básica, a PMO, tem sido extensivamente testada em humanos e considerada segura. Contudo, a adição do peptídeo - transformando o PMO em PPMO - representa um risco de toxicidade ainda incerto. Redação do Diário da Saúde

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