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sábado, 2 de novembro de 2013

Brasil avalia o impacto de obras da Copa do Mundo no efeito estufa

A liberação de gases que provocam o efeito estufa decorrente da Copa do Mundo de 2014 poderá ser medida pelos gestores públicos de todo o país. Representantes dos governos federal e do Distrito Federal começaram, nesta segunda-feira (21), em Brasília, a passar por capacitação para a construção de inventários de emissões. Além disso, a medida tem o objetivo de identificar alternativas de redução e compensação para os impactos causados pelas construções e obras de infraestrutura realizadas para o torneio. Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases poluentes, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura e a pecuária. Impactos – A capacitação será realizada nas 12 cidades que sediarão o campeonato no workshop Inventário de Emissões da Copa do Mundo de 2014. Em cada um dos locais, o treinamento vai durar dois dias. Realizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o evento integra o projeto Opções de Mitigação de Gases de Efeito Estufa em Setores-Chave do Brasil, executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O diretor-substituto de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Daniel do Couto Silva, afirmou que aspectos ambientais têm relevância nos preparativos para o campeonato. “A questão é dimensionar o impacto socioambiental de eventos desse porte”, destacou. “Pelo público e pela infraestrutura que a Copa atrai, há um aumento significativo das emissões. É preciso fazer um inventário com essas informações para que possamos identificar oportunidades de redução e compensação.”” Nivelamento – O treinamento permitirá o alinhamento dos gestores do governo federal com os das esferas estaduais na diminuição dos impactos causados pelo torneio. “A capacitação é uma forma de nivelar conhecimentos e informar quais são os dados necessários e como obtê-los”, explicou o oficial de Programas do Pnuma, Saulo Andrade. Segundo ele, um inventário nacional deverá ficar pronto até o fim do próximo ano e a intenção é que os governos das 12 cidades-sede façam documentos semelhantes acerca da realidade local. Além dos representantes do MMA e do Pnuma, a abertura do primeiro workshop, realizado em Brasília, contou com a participação do coordenador-geral de Mudança Global do Clima do MCTI, Gustavo Luedemann, e do subsecretário de Saúde Ambiental do DF, Luiz Maranhão. A capacitação ocorrerá até esta terça-feira (22). A próxima cidade a receber o evento será Natal (RN), entre 24 e 25 de outubro. O treinamento será realizado até o fim de novembro, passando por cidades como Rio de Janeiro, Fortaleza e Manaus. (Fonte: MMA)

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