Páginas

domingo, 24 de março de 2013

Obesidade custa meio bilhão por ano ao SUS

Peso da obesidade As doenças relacionadas à obesidade custam R$ 488 milhões todos os anos aos cofres públicos, segundo o Ministério da Saúde. Dados divulgados pelo Ministério indicam que 25% desse valor destinam-se a pacientes com obesidade mórbida, que custam cerca de 60 vezes mais do que uma pessoa obesa sem gravidade. A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que apontou esses valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e diabetes. A obesidade é um fator de risco para a saúde e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes. "Este é o momento de o Brasil agir em todas as áreas, prevenção e tratamento, atuando com todas as faixas etárias e classes sociais, com um esforço pra quem tem obesidade grave," ressaltou o ministro, durante a apresentação da pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), que rastreou os gastos com obesidade no SUS. Obesidade no Brasil A pesquisa revelou que a proporção de obesos na população brasileira subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011. Cerca de 21,7% dos brasileiros com idades entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso; em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo o relatório, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da população. Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre. Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade Para tentar combater o problema, o Ministério criou a Linha de Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade no Sistema Único de Saúde, que define como será o cuidado da obesidade, desde a orientação e apoio à mudança de hábitos até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica, último recurso para atingir a perda de peso. "Precisamos cuidar da qualidade de vida, oferecer novos caminhos, como alimentação adequada e atividade física. Se as pessoas com obesidade grave ficarem no estado de obesidade, elas já terão melhor qualidade de saúde, poderão reconstruir seus hábitos de vida com uma situação diferente," afirmou o ministro, explicando que o atendimento será de acordo com a realidade de cada pessoa. A pessoa com sobrepeso (IMC igual ou superior a 25) poderá ser encaminhada a um polo da Academia da Saúde para realização de atividades físicas e a um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para receber orientações para uma alimentação saudável e balanceada. Atualmente, 82,1% dos 1.888 NASFs contam com nutricionistas, 85,7% com psicólogo e 61,6% com professores de educação física. Toda a evolução do tratamento será acompanhada por uma das 37 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), presentes em todos os municípios brasileiros. Agência Brasil e Ministério da Saúde

Nenhum comentário: