Alopáticos e fitoterápicos
O Ministério da Saúde divulgou a nova versão da Relação Nacional de Medicamentos (Rename).
A lista oficial de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) agora conta com 810 itens.
Entre as novidades estão a inclusão de cinco novos medicamentos alopáticos, que passam a ser fornecidos gratuitamente nas unidades básicas de saúde, e de três fitoterápicos de largo uso pela medicina popular.
Os medicamentos alopáticos Finasterida e a Doxasozina, indicados para o tratamento da hiperplasia prostática benigna (crescimento anormal da próstata), integram a lista.
Estão incluídos também os fitoterápicos: hortelã, para tratamento da síndrome do cólon irritável, babosa, para queimaduras e psoríase, e salgueiro, para dores lombares.
Conceito de medicamentos essenciais
A Relação Nacional de Medicamentos é atualizada a cada dois anos, mas, agora em 2012, a Rename ganhou outro conceito.
Até o ano passado só constavam desta relação medicamentos da atenção básica, considerados itens "essenciais" para a população brasileira; isto é, voltados para as condições mais recorrentes.
Até então, não estavam incluídos os medicamentos que tratam doenças raras e complexas, nem vacinas ou insumos.
"Este ano, a Rename foi elaborada a partir de um conceito mais amplo do que é essencial para a população. Todos os medicamentos de uso ambulatorial foram incluídos - entre eles, insumos e vacinas. Por isso, a lista mais do que dobrou de tamanho, ganhando 260 itens", explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha.
Só não constam da Rename/2012 os medicamentos oncológicos, oftalmológicos e aqueles usados em Urgências e Emergências. Esses produtos estão contemplados na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (Renases).
Fitoterápicos
O Ministério da Saúde passou a financiar fitoterápicos na rede pública de saúde a partir de 2007.
Inicialmente, apenas dois produtos constavam da lista do SUS. Atualmente, são 11 medicamentos.
Todos eles são fitoterápicos industrializados, ou seja, registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); portanto, com eficácia e segurança comprovadas.
Esses produtos, assim com os medicamentos tradicionais, passam por controle de qualidade e as empresas seguem as mesmas regras de boas práticas de fabricação utilizadas pelas fábricas dos alopáticos.
Nome popular
Nome científico
Indicação
Espinheira-santa
Maytenus ilicifolia
Dispepsias, coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera duodenal
Guaco
Mikania glomerata
Expectorante e broncodilatador
Alcachofra
Cynara scolymus
Colagogos e coleréticos em dispepsias associadas a disfunções hepatobiliares.
Aroeira
Schinus terebenthifolius
Produtos ginecológicos antiinfecciosos tópicos simples
Cáscara-sagrada
Rhamnus purshiana
Constipação ocasional
Garra-do-diabo
Harpagophytum procumbens
Antiinflamatório (oral) em dores lombares, osteoartrite
Isoflavona-de-soja
Glycine max
Climatério (Coadjuvante no alívio dos sintomas)
Unha-de-gato
Uncaria tomentosa
Antiinflamatório (oral e tópico) nos casos de artrite reumatóide, osteoartrite e como imunoestimulante
Hortelã
Mentha x piperita
Síndrome do cólon irritável
Babosa
Aloe vera
Queimaduras e psoríase
Salgueiro
Salix alba
Dor lombar
Listas municipais de medicamentos
Para obter (gratuitamente) os cinco novos e outros produtos incluídos no Sistema Único de Saúde a partir da Rename/2012, o usuário precisa apresentar receita médica às unidades do SUS.
Os municípios e estados têm autonomia para disponibilizar esses medicamentos conforme a demanda da população local.
Cada município faz sua própria lista - a Relação Municipal de Medicamentos (Remume). Esses itens são adquiridos com recursos próprios dos estados e dos municípios, complementados por recursos do Ministério da Saúde.
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