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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Brasil vai criar 10 milhões de hectares de unidades de conservação

Em reunião com os presidentes dos parlamentos da Noruega, Dag Tarje Andersen, e do Povo Sami, Egil Olli, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse, nesta segunda-feira (12) que ações como o Fundo Amazônia podem mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de assumir seus compromisso e reduzir o desmatamento da Floresta Amazônica.

Ela falou à comitiva norueguesa que o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) faz parte da estratégia brasileira para criar novas unidades de conservação (UC), e adiantou também que serão criados 10 milhões de hectares de UC na Amazônia nos próximos 10 anos, na segunda fase do Arpa. O Brasil foi responsável pela criação de 70% de todas as unidades de conservação criadas no mundo , nos últimos sete anos. Para a ministra, o Fundo Amazônia é a base para a implementação do Arpa.

A Noruega foi o primeiro país a fazer doação para o Fundo Amazônia. No primeiro ano, foram doados US$ 140 milhões. O governo norueguês anunciou, no entanto, que suas doações podem totalizar US$ 1 bilhão até 2015, condicionadas à redução do desmatamento nos anos anteriores. A ministra disse que o governo brasileiro trabalha na capacitação social para que todos os grupos possam enviar seus projetos e requerer recursos do fundo.

A ministra Izabella Teixeira destacou a redução de 51% do desmatamento da Amazônia de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, comparado ao mesmo período anterior. "É uma queda sobre o menor desmatamento da história", salientou a ministra, ao lembrar que entre agosto de 2008 e julho de 2009 Brasil registrou o menor desmatamento da história, com 7 km² de floresta desmatada.

Ela explicou ao presidente Dag Tarje Andersen que isso é resultado das ações de repressão ao crime ambiental da Comissão Interministerial de Combate ao Crimes de Infrações Ambientais (Ciccia), que conta com Ibama, Polícia Federal e Força Nacional, com as alternativas sustentáveis aos municípios e povos da floresta.

Dentre as alternativas, estão as políticas para a sociobiodiversidade, que garante preço mínimo para produtos da floresta, como açaí, babaçu, borracha, carnaúba, castanha, pequi e piaçava . Para este ano, Teixeira adiantou que 10 novos produtos serão incluídos nessa lista. A garantia de preço mínimo para esse produtos garante renda para as comunidades tradicionais e amplia a proteção da floresta, uma vez que as árvores em pé garantem o sustento da população.

A ministra também citou a operação Arco Verde, que leva alternativas desenvolvimento sustentáveis para os 43 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2008.

Para a ministra, o Macrozoneamento Ecológico Econômico da Amazônia Legal vai permitir o desenvolvimento sustentável da região, tanto na área urbana quanto na rural. "É preciso incluir todos no debate", afirmou.

Mudança Climática

A ministra Izabella Teixeira ainda pediu apoio dos noruegueses à convenção do clima, que acontece em dezembro em Cancún. Segundo ela, o Brasil vai trabalhar forte pelo diálogo entre os países para alcançar um bom resultado na convenção do clima.

www.ecoagencia.com.br

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