sexta-feira, 29 de maio de 2015
Famoso há séculos, própolis tem diversas propriedades benéficas aos humanos
Própolis é uma mistura de pólen, resinas vegetais coletadas pelas abelhas por meio de suas enzimas salivares, e cera, e é considerado o melhor método de defesa da natureza. Sua função original é vedar a entrada e frestas da colmeia, impedindo a entrada de insetos, bactérias e fungos. Além disso, serve também para manter a temperatura constante dentro da "casa das abelhas", desinfetar o alvéolo onde a rainha irá depositar os ovos, além de mumificar o invasor que consiga entrar na colmeia.
Famoso desde o Antigo Egito, o própolis também era conhecido por romanos, gregos e incas. Suas propriedades estão sendo amplamente estudadas pelo mundo até hoje e já podemos encontrar o produto em diversas formas nos mercados, como cápsulas, balas, pó e tinturas (diluídas em água ou álcool, para suavizar o sabor).
Como as abelhas podem coletar resina de ramos, flores, brotos ou caules, e levando em consideração a diversidade da flora e de espécies de abelha presentes no Brasil, além da época de coleta, formam-se diversas composições de própolis. Já em regiões de clima mais temperado e menor biodiversidade, como a Europa, são encontrados tipos mais reduzidos. Um própolis varia de outro pela sua composição química, propriedades biológicas, cor e odor. A composição química é formada por diversos itens, mas o que mais tem chamado atenção são os flavonoides.
Benefícios
Por ser famoso há tanto tempo e até hoje ter propriedades sendo estudadas, o própolis já propiciou muitos benefícios ao ser humano. De acordo com estudos:
-Efeito antibacteriano: os flavonoides, juntamente com alguns tipos de ácidos também presentes no própolis, causam danos à membrana ou parede celular das bactérias e abalam sua estrutura e funcionamento, impedindo sua multiplicação. Apesar de não ser eficaz contra todos os tipos de bactérias, é utilizado regularmente pela população para evitar infecções e aliviar sintomas de dor de garganta, gastrite, intoxicação alimentar, problemas na gengiva e prevenção de placa antibacteriana;
-Efeito antiviral: os flavonoides do tipo crisina e canferol diminuíram a taxa de replicação do vírus da herpes, enquanto que o ácido cinâmico agiu significativamente sobre o vírus da Gripe A (H1N1). Outras substâncias do própolis estão sendo estudados em diferentes linhagens de vírus, inclusive de HIV;
-Efeito antiprotozoário: o própolis impediu o crescimento de culturas do Trichomonas vaginalis, (causador da DST Tricomoníase) e também se mostrou efetivo no combate à giárdia (parasita do sistema digestivo humano que causa inflamação no intestino), Toxoplasma gondii (causador da Toxoplasmose) e Trypanosoma cruzi (causador da Doença de Chagas);
-Efeito antifúngico: o própolis, combinado com drogas antimicóticas, pode ser eficaz contra alguns tipos de fungos. Um exemplo do seu potencial é sua ação contra Tricophyton e Microsporum (causadores de manchas na pele) em combinação com o líquido propilenoglicol;
-Efeito anti-inflamatório: o flavonoide chamado galangina impede a formação de enzimas que causam as reações que levam aos sintomas de inflamação e dor nos humanos. Além disso, estimula a imunidade celular e incentiva a atividade de destruição dos corpos estranhos (atividade fagocítica);
-Efeito antioxidante: a presença de radicais livres nas células, resultantes de reações de oxidação, podem causar sua morte. Isso faz com que várias doenças possam ser desenvolvidas, como, por exemplo, cardiovasculares, reumáticas, neurológicas, diabetes e envelhecimento precoce. Os flavonoides presentes no própolis conseguem eliminar esses radicais livres em excesso do nosso corpo;
-Efeito cicatrizante: os flavonoides são também os responsáveis por essa característica do própolis. Mas esse efeito também está ligado a outros, como o antioxidante, que ao retirar os radicais livres permite a regeneração de células e tecidos, e ao anti-inflamatório, que promove por si só uma cicatrização do local. Por muito tempo, o própolis foi usado em sua forma bruta em guerras, sendo passada encima dos ferimentos dos soldados;
-Efeito imunomodelador: o ácido cafeico presente no própolis aumentou a produção de CD4 e CD8 (células de defesa do corpo) e anticorpos específicos em estudos realizados com camundongos;
-Efeito antineoplásico: estudos indicam eficácia dos flavonoides no combate à substância dioxina, produzida na degradação de produtos que contêm cloro (como plásticos e herbicidas). A dioxina é absorvida pelos humanos através da cadeia alimentar, já que está presente na água, vegetais e, consequentemente, animais dos quais nos alimentamos, e promove a formação de substâncias cancerígenas. Além disso, outros diversos compostos da própolis têm sido isolados e usados em estudos que visam impedir o crescimento de tumores.
Dentes manchados
O principal risco do própolis é relacionado ao teor de açúcar, que pode ser um risco para indivíduos diabéticos ou com propensão a desenvolverem a doença. Ele também pode provocar alergia em algumas pessoas e, quando consumido em sua forma bruta, pode manchar os dentes.
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