sábado, 15 de fevereiro de 2014
Dados sobre temperaturas mundiais são disponibilizados no Google Earth
As informações sobre temperatura de estações meteorológicas de todo o mundo estão agora ao alcance de qualquer internauta que utilizar o Google Earth, em uma iniciativa da Universidade de East Anglia (UEA) para tornar os registros sobre o clima mais acessíveis à população.
Os cientistas da universidade criaram uma alteração no programa para incluir informações da base de dados CRUTEM4, que contém registros de temperatura de cerca de seis mil estações meteorológicas. Ao todo, são aproximadamente 20 mil gráficos, que mostram informações desde 1850.
A interface da modificação mostra o globo dividido em quadriláteros verdes e vermelhos de 5º graus de latitude e longitude. Cada quadrilátero tem cerca de 550 quilômetros de extensão na linha do Equador, se tornando mais estreitos na direção dos polos Norte e Sul.
O layout, que lembra um tabuleiro de xadrez ou uma colcha de retalhos, cobre a maior parte da superfície do planeta e indica as áreas de terra em que há dados disponíveis de estações meteorológicas.
Para acessar os registros, o usuário deve clicar em um dos quadriláteros, que revelam então informações mensais, sazonais e anuais de temperatura. Mais detalhes podem ser adquiridos por download.
“A beleza de usar o Google Earth é que você pode ver instantaneamente onde as estações meteorológicas estão, dar zoom em países específicos e ver a base de dados de estações muito mais claramente”, comentou Tim Osborn, da Unidade de Pesquisa Climática da UEA. Osborn e seus colegas publicaram um trabalho que detalha seu projeto no periódico Earth System Science Data.
Tanta informação, contudo, pode estar suscetível a erros, como a localização exata das estações, já que a escala é pequena. Outro, por exemplo, é que há ‘falhas’ na interface, já que em áreas mais remotas – como a floresta amazônica ou o deserto do Saara – não há estações meteorológicas. Mas isso não preocupa os pesquisadores, pois eles afirmam que isso não influencia no mais importante, que são os registros climáticos.
“Essas falhas não são um problema do ponto de vista científico, porque os registros de temperatura não dependem da localização precisa de cada estação. Mas é algo que melhorará ao longo do tempo, à medida que mais informações detalhadas de localização se tornarem disponíveis. Encorajamos muito que as pessoas nos alertem para quaisquer registros que pareçam incomuns”, observou Osborn. Autor: Jéssica Lipinski - Fonte: Instituto CarbonoBrasil
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