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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Pesquisa brasileira definirá público para receber vacina contra a dengue

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (27/12), em nota, que financia uma pesquisa que definirá as áreas e os públicos prioritários que receberão a vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan. Trata-se de uma das medidas preparatórias para a introdução da imunização. O estudo deverá ser concluído em dois anos, segundo o ministério. A definição das áreas e grupos etários para receber a vacina terá apoio de um grupo de trabalho formado por técnicos do Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e especialistas de diversas universidades, como Escola Paulista de Medicina e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Segundo o governo, foram investidos R$ 5,3 milhões na pesquisa. Primeiro serão coletadas cerca de mil amostras de sangue, em pessoas de até 20 anos, em 63 cidades das cinco regiões do Brasil. Este inquérito soroepidemiológico deverá determinar o grau de imunidade da população à infecção pelo vírus da dengue. As amostras das outras faixas etárias serão obtidas na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Outra fase do estudo revisará artigos e informações científicas sobre a doença, publicados em periódicos nacionais e internacionais. O objetivo será caracterizar a ocorrência e o perfil da transmissão da dengue no país, inclusive os grupos etários vulneráveis, as taxas de letalidade e os sorotipos circulantes. Além disso, a terceira etapa da pesquisa deverá avaliar a resposta imunológica de pessoas infectadas pelos quatro sorotipos da dengue e o desenvolvimento dos casos graves. A partir dos dados coletados, serão elaborados modelos matemáticos para auxiliar o Ministério da Saúde na definição do público que receberá a vacina contra a doença. Dose contra a dengue – A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, de produção 100% nacional, é testada em grupo de voluntários brasileiros. A dose é tetravalente, ou seja, imuniza contra os quatro sorotipos do vírus, e usa o próprio vírus da dengue atenuado (por engenharia genética) para produzir anticorpos na população. Ela foi desenvolvida há mais de uma década pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) e chegou ao Brasil por meio de transferência tecnológica. A pesquisa pelo Instituto Butantan começou em 2006. Se os resultados do teste em humanos forem positivos, a previsão é que a vacina seja aprovada pela Anvisa e possa fazer parte do Programa Nacional de Imunizações em 2018. Além do Butantan, há outra iniciativa nacional para produção de vacina contra a dengue, encabeçada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). Mas essa pesquisa deve concluir a vacina em cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. (Fonte: G1)

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