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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Cientistas indicam que diabetes tipos 1 e 2 têm causa em comum e poderiam ser curadas

Um trabalho de cientistas das Universidades de Manchester (Reino Unido) e Auckland (Nova Zelândia) sugerem que as duas formas principais de diabetes são o resultado do mesmo mecanismo. As descobertas, publicadas na revista científica “FASEB Journal”, da Federação de Biologia Experimental dos Estados Unidos, fornecem evidências convincentes de que a diabetes tipo 1, também conhecida como infanto-juvenil, e a diabetes tipo 2 são causadas pela formação de aglomerados tóxicos de um hormônio chamado amilina. Os resultados, com base em 20 anos de trabalho na Nova Zelândia, sugerem que os diabetes tipos 1 e 2 poderiam ser retardados e potencialmente revertidos por medicamentos que impedem que a amilina forme esses aglomerados tóxicos. Além de produzir insulina, células do pâncreas também produzem outro hormônio chamado amilina. A insulina e a amilina trabalham normalmente em conjunto para regular a resposta do organismo à ingestão de alimentos. Se elas não são mais produzidas, os níveis de açúcar no sangue sobem, resultando em diabetes e causando danos a órgãos como o coração, rins, olhos e nervos, caso não sejam devidamente controlados. No entanto, um pouco da amilina que é produzida pode ser depositada em torno de células do pâncreas como aglomerados tóxicos que, em seguida, por sua vez, destroem as células que produzem insulina e amilina. A consequência desta morte celular é diabetes. Uma pesquisa publicada anteriormente pelo professor Garth Cooper, que liderou o estudo, sugeriu que este é o mecanismo causador de diabetes tipo 2. Esta nova pesquisa fornece fortes evidências de que o tipo 1 resulta do mesmo mecanismo. A diferença é que a doença começa cada vez mais cedo e progride mais rapidamente no tipo 1 em comparação com o 2, porque há deposição mais rápida de aglomerados de amilina tóxicos no pâncreas. A equipe do professor Cooper espera ter potenciais medicamentos para usar em ensaios clínicos nos próximos dois anos, a serem testados nos pacientes diabéticos tipo 1 e tipo 2. Estes ensaios clínicos estão sendo planejados com grupos de pesquisa na Inglaterra e Escócia. [Medical Xpress, FASEB Journal]

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