terça-feira, 15 de julho de 2014
HIV reaparece em menina ‘curada’ nos EUA
Um bebê que nasceu nos Estados Unidos com HIV e que se acreditava ter sido curado após tratamento voltou a apresentar sinais de que ainda abriga o vírus.
A criança de quatro anos, que é do Estado de Mississipi, passou por testes na semana passada que indicaram que o vírus ressurgiu, dizem médicos.
Em março ela parecia estar livre do vírus, depois de ficar quase dois anos sem receber tratamento.
A notícia reduz as esperanças de que o tratamento precoce possa reverter a infecção permanentemente.
Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse à mídia americana que os novos resultados foram “obviamente decepcionantes” e teria possíveis implicações em um iminente estudo nacional sobre o HIV.
“Nós vamos dar uma boa olhada no estudo e verificar se ele precisa de alguma mudança “, disse.
A criança, apelidada de “bebê Mississippi”, não recebeu nenhum cuidado pré-natal anti-HIV antes do nascimento.
Ela passou a receber um intenso tratamento contra o vírus poucas horas após o parto.
O bebê continuou a receber o tratamento até os 18 meses de idade, mas este foi interrompido quando os médicos perderam contato com a família.
Quando retornou, 10 meses depois, nenhum sinal de infecção pelo HIV foi encontrado e sua mãe disse que não havia fornecido nenhuma medicação contra o vírus para a filha no período.
Repetidos testes não tinham detectado indícios do vírus HIV na menina até a semana passada. Os médicos ainda não sabem por que o vírus ressurgiu.
Outra criança – Uma segunda criança recebeu tratamento anti-HIV precoce, poucas horas após o nascimento, em Los Angeles, em abril de 2013.
Testes indicam que ela não possui sinais do vírus, mas seu tratamento não foi interrompido, como ocorreu com o “bebê Mississipi”.
Atualmente, acredita-se que apenas um adulto tenha sido curado do HIV.
Em 2007, Timothy Ray Brown recebeu um transplante de medula óssea de um doador com uma mutação genética rara que é resistente ao vírus. Ele não tem mostrado sinais de infecção há mais de cinco anos. (Fonte: UOL)
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