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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

RS: tênia mais antiga é achada em cocô de 270 milhões de anos

Cientistas descobriram no Rio Grande do Sul o mais antigo registro fóssil de uma tênia já registrado. Eles acharam ovos do parasita dentro de um coprólito (fezes fossilizadas) de tubarão de 270 milhões de anos. Pesquisadores das universidades federais do Rio Grande (Furg), do Rio Grande do Sul (UFRGS) do Piauí (UFPI) e do Estado americano do Oregon participaram do estudo que foi divulgado em artigo na revista especializada Plos One no dia 30 de janeiro. “O trabalho começou lá em 2009, eu estava fazendo doutorado ainda – na UFRGS. Meu estudo era sobre os coprólitos. Daí, nós fizemos lâminas, fatiamos os coprólitos para olhar no microscópio, para ver a composição, do que os animais se alimentavam. Em um dos coprólitos que nós laminamos, que foram 14 no total, a gente encontrou pequenos ovinhos e esses ovinhos não tinham sido descritos até o momento e representavam ovos de parasita intestinal. A partir da descoberta desses ovinhos, a gente entrou em contato com um professor da Universidade do Oregon, que trabalha com parasitas, para descrever melhor”, conta Paula Dentzien Dias, da Furg, responsável pelo estudo. Paula diz que a espécie de Tênia certamente não existe mais. Quase todas as características dos ovos são idênticas às das espécies atuais, com exceção do tamanho – um pouco maior dos que encontramos hoje. O coprólito é um fóssil de formação rara, já que o material se decompõe rapidamente. “Se ficar exposto, existem vários animais e bactérias que se alimentam de fezes. Então ele tem que ser soterrado rapidamente para haver a troca de elementos químicos para preservar esse coprólito”, diz a pesquisadora. A cientista explica que a o coprólito foi encontrado na região de São Gabriel, que é rica em fósseis. Segundo ela, as últimas grandes descobertas do Permiano foram feitas nessa região do Rio Grande do Sul – uma delas, inclusive, foi destaque na revista Science. (Fonte: Terra)

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