segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Novo medicamento contra gripe destrói vírus resistentes
Influenza resistente
Uma nova classe de remédios contra a gripe está-se mostrado eficaz contra cepas resistentes do vírus influenza.
A descoberta, feita por uma equipe internacional de cientistas, foi publicada na revista Science Express.
O estudo detalha o desenvolvimento de um novo fármaco - um candidato a medicamento - que impede que o vírus da gripe se propague de uma célula para outra.
A droga tratou com sucesso camundongos com cepas de vírus da gripe letais para os animais.
Quebrando a chave
A fim de se espalhar no organismo, o vírus da gripe primeiro usa uma proteína, chamada hemaglutinina, para se ligar aos receptores das células saudáveis.
Uma vez que ele tenha inserido seu RNA célula e replicado, o vírus usa uma enzima, chamada neuraminidase, para cortar a ligação e passar para a próxima célula saudável.
Ciclo de Vida: Esta figura mostra o ciclo de vida do vírus da gripe e como a nova droga contra a gripe evita a propagação do vírus de célula a célula, inibindo irreversivelmente a ação da neuraminidase, que fica como uma chave quebrada presa dentro da fechadura. [Imagem: Tom Wennekes/UBC]
"Nosso fármaco usa a mesma abordagem que os tratamentos atuais contra a gripe - impedir que a neuraminidase corte seus laços com a célula infectada," explica o professor Steve Withers, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá).
"Mas o nosso agente agarra esta enzima, que fica como uma chave quebrada presa na fechadura, tornando-se inútil," complementa.
Máquina molecular
"Um dos grandes desafios dos tratamentos atuais contra a gripe é que novas cepas do vírus da gripe estão se tornando resistentes, deixando-nos vulneráveis à próxima pandemia," prosseguiu o pesquisador, cuja equipe inclui cientistas do Canadá, Reino Unido e Austrália.
"Tirando vantagem da 'máquina molecular' do próprio vírus," acrescenta o pesquisador, "o novo medicamento pode permanecer eficaz por mais tempo, já que cepas de vírus resistentes não podem surgir sem destruir o seu próprio mecanismo de infecção."
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