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terça-feira, 19 de julho de 2011

Descoberto primeiro adenovírus a saltar entre macacos e humanos

Vírus interespécies

Um novo tipo de vírus, que se espalhou pela colônia de macacos no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, em 2009, também atingiu seres humanos.

Este é o primeiro caso identificado de um adenovírus que "salta" de uma espécie para outra e permanece contagiosa depois do salto.

O vírus que atingiu os macacos também infectou um pesquisador que trabalhava com os animais e dois membros de sua família, que não tiveram contato com os macacos.

Direção do contágio

Pesquisadores da Universidade de São Francisco identificaram o vírus na época da infecção entre os macacos.

Agora eles confirmaram que é o mesmo vírus que infectou os três humanos.

Também foi confirmado que o vírus é muito raro tanto entre humanos quanto entre macacos, o que sugere que ele pode ter-se originado em uma terceira espécie animal, ainda não identificada.

A direção na qual se deu o contágio - dos macacos para os humanos, ou dos humanos para os macacos - também continua sendo um mistério.

O fato inédito é que, tendo saltado de uma espécie para outra, ele manteve seu poder infeccioso.

Adenovírus

Os adenovírus infectam naturalmente muitos animais, incluindo humanos, macacos e roedores.

Eles são conhecidos por causar uma grande variedade de doenças em humanos, de sintomas semelhantes aos da gripe à diarreia e pneumonia.

Ao contrário dos coronavírus e dos vírus influenza (dos resfriados e da gripe), não se sabia que os adenovírus se espalham de uma espécie animal para outra.

Fatal para os macacos

O adenovírus, chamado TMAdV (titi monkey adenovirus) infectou um terço dos macacos sauá no Instituto Nacional de Pesquisas em Primatas da Califórnia, em 2009.

Entre os macacos o vírus teve um efeito devastador, com problemas respiratórios que progrediram para pneumonia, matando 19 dos 23 macacos que adoeceram (83%).

Nesse mesmo período, um pesquisador que trabalhava com os macacos e dois membros de sua família que não tiveram contato com os animais tiveram uma infecção respiratória que durou quatro semanas. Todos se recuperaram bem.

Redação do Diário da Saúde

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