sexta-feira, 18 de abril de 2014
eBook x livro de papel: qual é o melhor?
Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você.
Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels.
Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa.
Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares?
Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos.
E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele.
Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa.
Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria.
Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa. Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você.
Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels.
Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa.
Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares?
Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos.
E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele.
Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa.
Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria.
Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa.Entre publicações eróticas digitais sobre pterodáctilos e capas duras convidamos a Marina Pastore foi convidada para nos esclarecer qual o formato de livro que pode ser melhor para você.
Comecei a trabalhar com e-books quando mal se ouvia falar deles no Brasil. Lá na pré-história dos livros digitais (ok, nem tanto: em 2011), Amazon, Kobo, Apple e Google ainda nem sonhavam em vendê-los por aqui; Cultura, Saraiva, Gato Sabido e meia dúzia de editoras se esforçavam para superar os preconceitos: de um lado, vendo o crescimento vertiginoso dos livros digitais nos Estados Unidos, alguns anunciavam a morte do impresso; de outro, havia quem dissesse que essa moda do e-book podia até vender umas dúzias de best-sellers, mas livro é livro, e quem gosta de livro não vai trocar uma boa capa dura por um amontoado de pixels.
Admito que eu pendia para o segundo grupo: quando eu nasci não tinha nem computador em casa, e minha experiência de aprender a ler é inseparável dos objetos de papel que fui aprendendo a amar – um sentimento que se manteve mesmo depois que eu cresci e virei uma nerd que mora na internet. A visão do e-book como um subproduto do impresso, que só tinha alguma vantagem no fato de ser mais barato, era muito presente nesse primeiro momento. O que mudou tudo para mim foi um e-mail que recebi de uma leitora: ela escreveu para a editora perguntando se haveria versão digital de determinado livro, porque ela era professora e gostava de ter as duas edições: a impressa, para deixar na biblioteca e consultar quando precisasse; a digital, para levar toda uma bibliografia para a aula sem precisar carregar 50kg na bolsa.
Foi aí que eu percebi: oras, por que é que temos que falar sempre de “e-book x impresso”? Não podemos trocar esse “x” por um sinal de mais? Por que não valorizamos cada formato pelo que ele tem de melhor e passamos a vê-los não como concorrentes, mas como complementares?
Se continuarmos olhando para os EUA, o mercado mais maduro neste segmento, veremos que por lá os e-books hoje representam cerca de 30% das vendas de livros adultos de interesse geral (quer dizer, excluindo os didáticos e técnicos). O mercado ainda cresce, mas em ritmo muito menor do que o de antes, e o papel continua bem, obrigada. (Só para comparar, no Brasil estima-se que os e-books hoje representem pouco menos de 3% do mercado, o que era mais ou menos a situação dos EUA em 2009.) Este cenário aponta para uma convivência entre os formatos – e tem até gente pensando em maneiras de aproveitar melhor essa relação, por exemplo, fazendo edições diferentes do mesmo título que aproveitem bem as características de cada meio (estou olhando pra você, Visual Editions), ou oferecendo um bom desconto para quem comprar os dois formatos juntos.
E por que eu compraria o mesmo livro em dois formatos? Porque cada um tem suas vantagens, dependendo do contexto. Fora a diferença mais óbvia, que é o preço (embora muitos leitores achem que os e-books tenham condições de ser ainda mais baratos – o que nem sempre é o caso, mas isso daria assunto para um post inteiro), os livros digitais têm a vantagem de poderem ser comprados imediatamente. Ou seja, se eu tiver acabado de ler um volume de uma série e precisar desesperadamente do próximo, posso comprá-lo e começar a lê-lo imediatamente, mesmo se forem 3 da manhã e eu estiver de pijama embaixo do edredom. Por outro lado, se, terminada a leitura, eu quiser emprestar, dar ou revender o e-book para alguém, nem sempre poderei fazê-lo: o uso que se faz do arquivo depende do que o sistema utilizado permite. Hoje, algumas livrarias permitem que se empreste e-books, com algumas regras; outras, nem isso. Com o livro impresso a situação é muito mais simples: a partir do momento em que o comprei, ele é meu e posso fazer o que eu quiser com ele.
Esse “o que eu quiser” inclui anotar, marcar e rabiscar o livro inteiro – o que também é possível na maioria dos aparelhos e aplicativos de leitura, inclusive com algumas outras funcionalidades (compartilhar trechos, ver o que outras pessoas marcaram e comentaram); mas qualquer pessoa que já tenha tentado selecionar uma frase numa tela de e-ink vai concordar comigo que o lápis continua sendo a opção mais prática neste quesito. Inclui também a possibilidade de exibir seu precioso livro na estante, o que, pensando bem, é uma faca de dois gumes: muita gente argumenta que certos tipos de livro vendem tanto em formato digital porque algumas pessoas teriam vergonha de exibir seu exemplar de, digamos, 50 tons de cinza no metrô. Num Kindle, ninguém nunca vai saber se você está lendo Tolstói ou Paulo Coelho. Aliás, você pode alternar entre Tolstói e Paulo Coelho à vontade, porque, afinal, uma biblioteca inteira cabe na sua bolsa – o que faz dos e-books companheiros perfeitos de viagem. (Menos, é claro, quando a bateria acaba.) Se prestamos atenção no que lemos digitalmente tanto quanto no papel é outra (controversa) história: uma pesquisa recente indica que usuários de e-readers tendem a ler mais; por outro lado, um outro estudo sugere que a compreensão do que lemos é maior na boa e velha página impressa.
Por último, queria falar sobre uma diferença fundamental dos e-books em relação aos impressos: como eles exigem um investimento inicial menor (já que não é preciso ter uma grande tiragem para que o livro “se pague”), é possível arriscar mais, até com tipos de conteúdo que não costumam vender muito em papel – contos, por exemplo. Isso significa mais diversidade no que é publicado (ainda mais se considerarmos todos os autores que veem neste formato um caminho para publicar seus livros de maneira independente); dificilmente há um nicho de mercado não atendido hoje. Desafio qualquer um a achar um livro erótico sobre pterodáctilos numa livraria física, mas, bem, na Amazon tem (sim, eu procurei). Por outro lado, se você não souber exatamente o que está buscando, a quantidade de opções é avassaladora – e, vendo a questão sob o ponto de vista da editora ou autor, é um desafio enorme fazer com que seu livro fique conhecido no meio de um mar de outros livros, sem poder contar com uma capa chamativa em destaque numa mesa de livraria.
Eu disse tudo isso para chegar a uma conclusão bem pouco emocionante: cada formato tem suas vantagens e desvantagens, situações em que é mais ou menos cômodo, tipos de livro para os quais é mais ou menos adequado. Não dá para dizer que um é melhor do que o outro sem levar em conta a parte mais interessada: o leitor. Quanto mais livros estiverem disponíveis em formato impresso e digital, mais o leitor tem o poder de escolher o que prefere, seja levar mil livros no bolso ou continuar sentindo o cheirinho do papel. Se existe uma vantagem unânime nessa história toda, é essa.http://hypescience.com/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário