quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Israelenses, jordanianos e palestinos se unem contra falta d’água
Representantes israelenses, jordanianos e palestinos firmaram nesta segunda-feira um acordo “histórico” para ligar o Mar Vermelho ao Mar Morto e combater a falta d’água na região.
O ministro israelense de Energia e Desenvolvimento Regional, Silvan Shalom, disse ao firmar o acordo, na sede do Banco Mundial em Washington, que ele “oferece uma luz de esperança sobre a possibilidade de superar outros obstáculos que se apresentem no futuro”.
“Demonstramos que podemos trabalhar juntos, apesar de nossos problemas políticos”, destacou o ministro palestino de Desenvolvimento, Shaddad Attili, no momento em que palestinos e israelenses tentam retomar suas negociações de paz.
Firmado após onze dias de negociações, o acordo prevê a instalação de um sistema de captação e bombeamento de água no Golfo de Aqaba, no extremo norte do Mar Vermelho, com o objetivo de coletar anualmente 200 milhões de m3 de água.
Parte desta água será dessalinizada para ser distribuída em Israel, Jordânia e nos territórios palestinos, enquanto o restante seguirá por tubulação para o Mar Morto, que corre o risco de desaparecer até 2050.
O estado hebreu também aceitou liberar maior volume de água do lago Tiberíades, situado em seu território, para a vizinha Jordânia, destacou o Banco Mundial.
“Sem água não há desenvolvimento econômico ou empregos”, comentou o ministro da Água e Agricultura da Jordânia, Hazim El Nasser, ao firmar o documento.
Segundo os termos do acordo, Israel venderá à Autoridade Palestina “entre 20 e 30 milhões de m3″ por ano de água dessalinizada por intermédio da empresa pública de água potável Mekorot.
“Apesar de nossos problemas políticos, temos os mesmos problemas de carência de água”, destacou Attili.
Segundo as três partes, uma licitação internacional será convocada para o conjunto do projeto, começando pela usina de dessalinização de Aqaba e a instalação da primeira tubulação.
De acordo com o ministro israelense, o processo deve começar no início de 2014.
O Banco Mundial publicou em 2012 um estudo de viabilidade do projeto. (Fonte: Terra)
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