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domingo, 20 de maio de 2012

Vírus da gripe H1N1 dá pista para vacina universal

Dica do vírus Pesquisadores descobriram um novo caminho para desenvolver vacinas universais contra a gripe, eliminando a necessidade das campanhas de vacinação contra a gripe sazonal. A equipe descobriu que o vírus H1N1 da gripe suína usado na vacina de 2009 dispara anticorpos que protegem contra vários vírus da gripe, inclusive a letal gripe aviária H5N1. Isso porque ele atuou de uma forma diferente das vacinas normais, mostrando aos cientistas uma nova forma de atuação que pode fugir das mutações dos vírus, que exigem a criação de vacinas novas a cada ano. Hemaglutinina "O vírus da gripe tem uma proteína chamada hemaglutinina. Essa proteína se parece com uma flor, com uma cabeça e uma haste," explica o Dr. John Schrader, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "O vírus da gripe se liga às células humanas através da cabeça da hemaglutinina, como um plugue em uma tomada." As vacinas contêm pedaços enfraquecidos ou mortos dos vírus, que alertam o sistema imunológico humano para que ele produza anticorpos, que vão circular no sangue para matar apenas os agressores específicos contra os quais essas vacinas foram projetadas. "As vacinas atuais contra a gripe alvejam a cabeça da hemaglutinina para evitar as infecções, mas como os vírus da gripe sofrem mutações muito rapidamente, esta parte da hemaglutinina muda muito rapidamente, daí a necessidade de vacinas diferentes a cada ano," continua o pesquisador. Vacina universal No entanto, a vacina contra o H1N1 de 2009 induziu anticorpos com grande poder protetor, capazes de combater diferentes variantes do vírus da gripe. "Isso porque, em vez de atacar a cabeça variável da hemaglutinina, os anticorpos atacaram a haste da proteína, neutralizando o vírus da gripe," diz Schrader. "A haste desempenha um papel tão essencial na penetração da célula que ela não pode mudar entre diferentes variantes do vírus da gripe." Assim, os pesquisadores agora têm um modelo para o desenvolvimento de vacinas que também ataquem a haste da hemaglutinina, e não sua porção superior, eventualmente produzindo uma vacina universal, que não seja vencida todos os anos pelas mutações dos vírus. Redação do Diário da Saúde

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