Páginas

domingo, 20 de maio de 2012

Células-tronco anti-HIV fazem "cura funcional" da AIDS

Células-tronco anti-HIV Transplantes de células-tronco anti-HIV poderão passar rapidamente a ser testados em humanos, graças a resultados surpreendentemente bons obtidos em cobaias. Em um artigo publicado na edição de maio do Journal of Virology, a equipe da Universidade da Califórnia assegura que o transplante de células-tronco anti-HIV em camundongos mostrou-se seguro e eficaz. Segundo os pesquisadores, os camundongos possuíam um modelo representativo dos pacientes humanos infectados com o HIV. Cura funcional A técnica envolve a substituição do sistema imunológico com células-tronco modificadas com uma tripla combinação de genes resistentes ao HIV. Nos animais, a transfusão mostrou-se capaz de replicar um sistema imunológico normal, protegendo e expandindo as células imunológicas resistentes ao HIV. As células prosperaram e se autorrenovaram, mesmo quando submetidas a uma carga viral do HIV. "Nós encaramos isso como uma potencial cura funcional para pacientes infectados com o HIV, dando-lhes a capacidade de manter um sistema imunológico normal por meio da resistência genética," afirmou o Dr. Joseph Anderson, principal autor do estudo. Vírus que inserem genes Para estabelecer essa imunidade em camundongos cujos sistemas imunológicos tentam imitar o dos pacientes com HIV, Anderson e sua equipe modificaram geneticamente células-tronco do sangue humano responsáveis pela produção dos vários tipos de células imunológicas. Eles desenvolveram vários genes anti-HIV que foram inseridos nas células-tronco, utilizando técnicas padrão de terapia genética e vetores virais - vírus que inserem os genes que carregam nas células do hospedeiro. Estas células-tronco sanguíneas, frutos da engenharia genética, capazes de se diferenciar em células imunológicas normais e funcionais, foram então introduzidas nos camundongos. Desafio viral Os resultados foram bem-sucedidos em todos os aspectos, dizem os cientistas. "Depois que submetemos os animais transplantados a HIVs vivos, nós demonstramos que as células-tronco com genes resistentes ao HIV foram protegidas da infecção e sobreviveram ao desafio viral, mantendo níveis normais de CD4 humanos," disse Anderson. "Os ensaios clínicos deverão nos dar as informações críticas que precisamos para determinar se a nossa abordagem representa verdadeiramente uma cura funcional para uma doença terrível que afeta milhões e milhões de pessoas," concluiu ele. Redação do Diário da Saúde

Nenhum comentário: