Alguns vírus se fixam nas paredes das células sem molestá-las de um modo geral, mas interferindo em algumas de suas funções. O mesmo faz o homem, que, a cada dia que passa, interfere nas funções vitais de seu planeta.
Como existem os vírus rápidos, que destroem as células do corpo rapidamente, existem homens que destroem os recursos do planeta com a mesma voracidade que esses vírus, que é nos desmatamentos, nas queimadas, na poluição do ar, do solo e das águas, fazendo com que a parte vital de nosso planeta enfraqueça.
Como diz uma certa lei, para toda ação existe uma reação. Da mesma forma com que o corpo reage aos ataques dos vírus, através do seu sistema de defesa, que são os anticorpos, o planeta também reage aos ataques dos homens através do seu único sistema de defesa, a natureza, que com erupções vulcânicas, terremotos, enchentes e ventos como o do furacão katrina, começa sutilmente uma reação, da mesma maneira que ocorre com nosso organismo.
Conseqüentemente os vírus começam a sofrer mutações para se fortalecer, através dos restos de DNA encontrados de outros vírus já destruídos. Mas o homem, através de achados arqueológicos e outros estudos, também se fortalece, só que culturalmente, conseguindo assim, driblar temporariamente as defesas da Terra.
Portanto, vendo dessa forma, o homem na Terra pode ser considerado quase a mesma coisa que o vírus no homem, só que com diferenças distintas.
O vírus destrói o homem para sobreviver, sem saber que também será destruído. Enquanto isso, o homem destrói desordenadamente a natureza, por razões financeiras e irracionais, sem pensar no futuro e pensando somente no presente e em si próprio, mesmo sabendo que também será destruído.
Então, lentamente, a natureza se vinga de seu maior vilão, seu pior vírus, o HOMEM.
Por Marcos H. Andrade
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