sábado, 7 de março de 2015
Suíça é o primeiro país a entregar plano climático para acordo da ONU
A Suíça se tornou o primeiro país a apresentar um plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa para além de 2020, como base para um acordo da Organização das Nações Unidas (ONU) para limitar as mudanças climáticas previsto para ser fechado em dezembro.
Alguns outros países, como China, Estados Unidos e as 28 governos da União Europeia, apresentaram seus planos nacionais para desacelerar o aquecimento global para além de 2020, mas ainda não detalharam as propostas formalmente na ONU.
O governo suíço afirmou na última sexta-feira (27) que cortará as emissões nacionais de gases do efeito estufa em 50% abaixo dos níveis de 1990 até 2030, com pelo menos 30% dos cortes no país e o restante investindo em projetos de redução do carbono no exterior.
O país tem um longo caminho a percorrer. Em 2012, a Suíça afirmou que suas emissões eram de apenas 2,8% abaixo dos níveis de 1990.
O acordo climático global deve contemplar diversas ações para conter o aumento da temperatura do planeta e, com isso, frear os efeitos da mudança climática.
A chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU, Christiana Figueres, disse que irá compilar os planos nacionais, elogiou a apresentação da Suíça e disse que aguarda com expectativa “muito mais… nas próximas semanas e meses”.
“A Suíça está demonstrando hoje uma liderança, compromisso e seu apoio para um resultado de sucesso em Paris daqui a 10 meses – é o primeiro, mas não será o último”, disse ela em comunicado.
Os países estabeleceram um prazo informal de 31 de março para entregar seus planos ao Secretariado da ONU para que possam ser compilados antes da cúpula de Paris, que se destina a chegar a um acordo global para reduzir as tempestades, ondas de calor, desertificação e elevação dos mares. Muitas nações devem perder o prazo, inclusive o Brasil.
Em Genebra, em 13 de fevereiro, cerca de 200 países aprovaram um projeto de negociação para o acordo sobre o clima, mas adiaram escolhas difíceis sobre como limitar o aumento das temperaturas. (Fonte: G1)
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