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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Médicos alertam para os perigos do calor e para as doenças de verão

O calor, que faz a alegria dos cariocas nos meses de verão, pode se tornar um vilão. O sol quente aliado às altas temperaturas registradas na cidade levam muitas pessoas à procurarem as filas dos hospitais para tratar os males causadas pelo calor excessivo. Os setores de emergência da rede de hospitais federais do Rio registram nesta época do ano um aumento no atendimento de até 30% em casos típicos do verão, como insolação, queda de pressão e queimaduras provocadas pelos raios solares.

No levantamento feito pela Coordenadoria de Assistência a Gestão Hospitalar da rede de hospitais federais do Rio, depois da insolação os problemas de pressão são os que apresentam o segundo maior índice, representando um aumento de 20% no atendimento.

Aumento de casos de gastroenterite e desidratação - De acordo com os médicos, idosos e crianças são os grupos que mais sofrem com o calor. A diretora clínica do Hospital Pasteur, Mônica Giesta também alerta para o aumento de casos de gastroenterite e desidratação durante o verão.

“No verão, os alimentos ficam mais perecíveis, e por isso precisam ficar melhor acondicionados. Nesta época é comum aumentar os casos de pessoas que contraem doenças relacionadas a comidas estragadas. Outro grande problema no verão é a desidratação, já que muitas pessoas não ingerem a quantidade de líquido necessária para suportar o calor”, explicou Mônica.

A médica contabilizou no hospital em que trabalha quase 300 atendimentos, apenas na segunda quinzena de janeiro, de pessoas acometidas pelo rotavírus. Segundo Mônica Giesta, o vírus também é característico do verão e pode ser transmitido pela ingestão de alimentos estragados e também por contágio direto.

“É importante lavar bem as mãos e os alimentos porque esses são os principais caminhos de contágio do rotavírus”, afirmou a médica.

Mônica explica ainda, que caso seja descoberta a presença do rotavírus, é aconselhável procurar um especialista e manter uma dieta equilibrada com alimentos leves e com a ingestão de sucos e água.

Estudos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indicam que o índice de raios ultravioletas no Rio é um dos mais altos do país. Os raios UV alcançaram 10 pontos na escala de risco, o que significa segundo a SBD, ser necessário usar proteção máxima contra os raios. Os dermatologistas recomendam à população evitar sair de casa nas horas próximas ao meio-dia e aconselham o uso de filtro solar, chapéu e camiseta.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que os cânceres mais comuns em todas as regiões do Brasil serão o de pele não melanoma. .De acordo com o Inca, os casos de câncer de pele não melanoma são os mais incidentes e somam aproximadamente 114 mil casos novos, o que corresponde a 23% do total de casos de câncer estimados para o ano de 2010.

Segundo o Inca, 10% desses novos casos previstos para este ano, poderiam ser prevenidos com a adoção de medidas de proteção à radiação solar, evitando o aparecimento de 49 mil casos.

(Fonte: G1)

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