sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Evolução: o que é? Descubra aqui!
O que é evolução?
Em biologia, a teoria da evolução não diz exatamente como a vida começou aqui na Terra, mas ajuda a compreender como ela, assim que passou a existir, diversificou-se nas mais incríveis formas que vemos hoje e no registro fóssil. Ela também permite que entendamos como as criaturas modernas continuam a se adaptar e se modificar atualmente.
Mas como definir a evolução? Ela pode ser definida como qualquer mudança nas características hereditárias (tanto características físicas, como a cor da pele de ratos ou manchas nas asas de borboletas, como comportamentos, como a forma que os cachorros se cumprimentam com uma cheirada) dentro de populações pelas gerações. E como isto funciona? Todos os seres vivos saudáveis, de unicelulares e amebas a flores e golfinhos, são capazes de reprodução, um processo que produz cópias dos pais pela duplicação do DNA, o que resulta na transmissão da informação desse DNA para as gerações futuras.
É o DNA, ou melhor, as informações codificadas no DNA, que dizem se o ser vivo será uma flor ou um ser humano. Esse DNA não é o mesmo em todos os seres vivos – o seu DNA é bastante diferente do de uma flor, mas só um pouco diferente do de Elvis Presley (o que explica por que, ainda assim, você pode não agir ou se parecer com o Rei).
Os seres unicelulares e outras criaturas mais simples se reproduzem fazendo uma duplicata do seu DNA, movendo cada cópia para um canto diferente da célula, e então a dividindo, de forma que cada metade cresce novamente. Se tudo der certo, as cópias serão idênticas ao original. Só que, na natureza, as coisas não são sempre perfeitas.
Quando o DNA é duplicado, podem ocorrer erros que o modificam, gerando o que chamamos de mutação. Estas mutações, que acontecem acidentalmente e aleatoriamente em qualquer trecho do DNA, acabam produzindo variações na forma do corpo e função da criatura que herda o DNA modificado.
Se o indivíduo mutante viver o suficiente para se reproduzir e produzir descendência saudável, esta característica será passada adiante. Ou seja, aconteceu uma “evolução”: mudanças em características hereditárias dentro de uma população através de gerações. Para outros animais, o processo reprodutivo é mais complicado. Normalmente, eles encontram um parceiro da mesma espécie e combinam metade do DNA de um com metade do DNA do outro. Isto faz com que o descendente não seja uma cópia exata de nenhum dos dois, mas uma combinação de características misturadas. Por exemplo, no caso de um texugo, garras compridas da mãe e pata mais larga do pai. Se o filhote sobreviver, ele vai passar as características que recebeu de seus pais. Novamente, temos evolução acontecendo.
Nesses casos, mutações também acontecem. O filhote pode ter características próprias, resultantes da alteração de alguns genes. Novamente, se o filhote sobreviver, passará estas características únicas para a próxima geração.
Tanto cientistas quanto leigos têm observado a evolução acontecendo o tempo todo. Pequenas mudanças que encontramos aqui e ali vão se acumulando com o passar de novas gerações, resultando em mudanças dramáticas com o passar do tempo.
Um exemplo é a mudança ocorrida com os cães. Se voltarmos no tempo alguns milhares de anos, descobriremos que os cães descendem dos lobos cinza. A cada geração, a evolução dos cães foi guiada pelos seus criadores, que selecionavam os filhotes de acordo com características que achavam desejáveis, o que acabou gerando os diferentes cães que vemos hoje – alguns selecionados pelo tamanho, outros pela inteligência, e outros ainda pela agressividade. Atualmente, poucos cães se parecem e se comportam como seus ancestrais. E isto não acontece só com os cães. Evidências de outros campos, como a genética, química, paleontologia e até mesmo matemática sugerem que, assim como os cães têm um ancestral comum, todos os seres vivos também têm um. Não sabemos como foi a primeira forma de vida ou como ela passou a existir, mas o processo simples da reprodução com variação por bilhões de anos é o responsável por toda a diversidade da vida que vemos hoje.
E a evolução não é aleatória. Para transformar um lobo cinzento em um mini-poodle, a evolução aleatória teve que ser guiada cuidadosamente por um criador de cães inteligente. Da mesma forma, todos os mamíferos parecem ter tido como ancestral uma criatura com aspecto de musaranho, mas as diferenças de um musaranho para um elefante são muito maiores que as diferenças entre um lobo e um poodle. Quem guiou este processo?
Na metade do século 19, Charles Darwin e Alfred Russel Wallace descobriram, de forma independente, que um agente inteligente não é necessário, e existe outra força capaz de guiar a evolução randômica para produzir ordem e funções complexas. Eles chamaram esta força de seleção natural.
Mas este é assunto para outro dia. http://hypescience.com/
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