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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Você ingere vitamina K suficiente?

O déficit de vitamina K pode levar, entre outras possibilidades, a problemas de coagulação. "O papel clássico da vitamina K está relacionado com o mecanismo de coagulação sanguínea, mas estudos epidemiológicos mostram que ela tem outros papéis no organismo, como a manutenção da saúde óssea," explica Simone Aparecida Faria, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Além disso, estudos têm indicado a falta desta vitamina em pessoas que ingerem constantemente anti-inflamatórios e anticoagulantes. Recomendação de ingestão da vitamina K A recomendação para a ingestão diária de vitamina K é de 90 µg/dia para mulheres e 120 µg/dia para homens Mas a vitamina é tão desconhecida que, até agora, não havia uma tabela brasileira de sua presença nos alimentos. Foi o que Simone e Marilene Penteado se dispuseram a fazer. Elas mediram a quantidade de vitamina K para as principais hortaliças consumidas pelos brasileiros. Dos valores encontrados, destacam-se o espinafre cru (404,57 microgramas (µg)/100 g), o repolho verde cru (336,05 µg/100 g) e a rúcula (319,20 µg/100 g). Os dados indicaram também que a ingestão diária da vitamina K pelos brasileiros está abaixo do recomendado, com 88 µg/dia entre os jovens, 98 µg/dia entre os adultos e 104 µg/dia entre as pessoas com mais de 60 anos. Vitamina K em hortaliças As pesquisadoras também compararam as quantidades desta vitamina encontradas em hortaliças cultivadas em São Paulo e nos EUA. Enquanto a alface americana plantada no Brasil apontou 77,79 µg/100 g de vitamina K, nos EUA ela alcança 102,30 µg/100 g. A couve cultivada aqui tem 245,52 µg/100 g e a cultivada lá, 817,00 µg/100 g. Já a rúcula brasileira é mais rica nessa vitamina: são 259,11 µg/100 g contra 108,60 µg/100 g da norte-americana. Isto mostra a importância do levantamento de dados referentes aos alimentos cultivados no Brasil, sobretudo para o trabalho dos nutricionistas. A utilização apenas de dados internacionais, como é mais comum, não é adequada porque "as composições nos alimentos mudam conforme o tipo de solo do cultivo, quantidade de luz recebida, dados pluviométricos," explica Simone. Agência USP

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