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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Horário de verão não trará economia para o consumidor

Economia no pico O horário de verão começa no próximo dia 21 nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e mais o estado da Bahia. A medida poderá trazer uma diminuição da demanda de energia nos horários de pico entre 5% e 5,5%, dando maior estabilidade ao sistema elétrico. Mas isto não representará redução da conta de luz para o consumidor. A avaliação é do professor Reinaldo Castro Souza, da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Sem economia para o consumidor No verão, o sistema elétrico tende a ficar muito carregada no horário que se estende das 18 horas às 21 horas, principalmente no horário de pico, quando a iluminação pública é ativada e as pessoas vão para suas casas, ligam a televisão e usam o chuveiro elétrico. Com o horário de verão, não há a coincidência de uso de energia sobretudo quanto à iluminação pública, destacou Reinaldo. Para os consumidores residenciais, considerados de baixa tensão, o professor explicou que não há diminuição na conta de luz porque os consumidores continuam usando energia, mas apenas deslocam esse uso. "Você apenas está ajudando o sistema elétrico brasileiro e o Operador Nacional do Sistema (ONS) a não ter que ligar termelétricas e fazer altas manobras para gerar mais energia," diz o especialista. Para a indústria e o comércio, dependendo da tarifa que têm contratada com a distribuidora, pode haver algum ganho porque vão estar economizando nesse horário de ponta. Só com sol forte Para o sistema, contudo, há uma redução da demanda. "Há uma queda, nesse período mais crítico, em torno de 5% da demanda. A potência demandada pelos consumidores vai ser menor nesse horário de ponta. As estimativas ao longo dos anos são em torno de 5% a 5,5% de redução de demanda. Mas o consumo praticamente fica o mesmo, principalmente para os consumidores de baixa tensão," explica Reinaldo. Porém, a diminuição da demanda é registrada somente nos dias quentes, quando a luminosidade natural é forte. Nos dias nublados e com chuva, a diminuição é zero. Agência Brasil

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