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domingo, 26 de abril de 2020

Conhecimento do covid19 para trabalhos escolares a distância!

Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve diretamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à subfamília taxonómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales.[1][2]
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os coronavírus encontra-se o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por SARS,[3][4][5] e o vírus causador da COVID-19, responsável pela pandemia em 2019 e 2020.

Taxonomia

Os coronavírus da subfamília Orthocoronaviridae se dividem em quatro gêneros: AlphacoronavirusBetacoronavirusGammacoronavirus e Deltacoronavirus. De todos esses gêneros, há seis espécies que causam infecção em humanos.
No gênero Alphacoronavirus há os coronavírus humanos das espécies HCoV-229E e HCoV-NL63, que causam infecções leves a moderadas comuns.[6] Neste gênero também se encontra o CCoV, o coronavírus canino, que causa gastroenterite em cães e pode ser prevenido com vacina.[7][8]
No gênero Betacoronavirus há os coronavírus humanos das espécies HCoV-OC43, HCoV-HKU1, SARSr-CoV e MERS-CoV.
HCoV-OC43 e HCoV-HKU1 causam infecções leves a moderadas comuns. MERS-CoV causa a doença MERS (Síndrome respiratória do Médio Oriente).[6]
A espécie SARSr-CoV se divide nas cepas SARS-CoV, que causa a doença SARS (Síndrome respiratória aguda grave), e SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19 (COrona VIrus Disease 2019).
SARS-CoV-2, causador da COVID-19, foi identificado em 2020, tem "parentesco" com o vírus da SARS-CoV. Causa febre, tosse e falta de ar e dificuldade para respirar (pneumonia)[9][10]

Origem evolutiva dos coronavírus humanos

Existem sete cepas conhecidas de coronavírus humanos, e todas elas evoluíram de coronavírus de outros animais.[11]
June Almeida descobriu o primeiro coronavírus humano no St Thomas' Hospital em Londres em 1964.[12]
Nome da cepaDescobertaOrigem evolutivaDoença causada
HCoV-229E1960[13]O coronavírus humano 229E divergiu do coronavírus da alpaca antes de 1960[14]Resfriado comum.
SARS-CoV2002[13]O coronavírus humano SARS divergiu do coronavírus de morcego em 1986[15]Doença SARS.
HCoV-OC432004[16]O coronavírus humano OC43 divergiu do coronavírus bovino em 1890[17]Resfriado comum.
HCoV-NL632004[13]O coronavírus humano NL63 divergiu do coronavírus de morcego 822 anos atrás[18]Resfriado comum.
HCoV-HKU12005[19]O coronavírus humano HKU1 divergiu do coronavírus de morcego[20]Resfriado comum.
MERS-CoV2012[13]O coronavírus humano MERS divergiu do coronavírus de morcego antes dos anos 90 e transmitido aos humanos pelos camelos[21]Doença MERS.
SARS-CoV-22019[9]1 - Um estudo genético inicial sugeriu que o SARS-CoV-2 tenha divergido do coronavírus de cobras.[22] Porém, cientistas questionaram a possível origem.[23]
2 - Estudos posteriores sugeriram que o vírus tenha divergido da versão que parasita morcegos[24] e transmitido aos humanos por um animal ainda desconhecido.
3 - Estudos recentes indicam que o vírus tenha divergido da versão que parasita pangolins[25] pois possui material genético 99% igual ao do vírus encontrado neste animal.
Doença Covid-19.
Foram descobertos em 2020, seis novos coronavírus em morcegos em Mianmar, mas esses vírus não estão relacionados ao Síndrome Respiratório Agudo Grave de Coronavírus (SARS CoV-1), Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) ou COVID-19.[26]

Sinais e sintomas

Diferentes coronavírus afetam diferentes espécies causando diferentes doenças. Os principais sintomas da COVID-19 são febretosse e fadiga.[27]

Transmissão

A transmissão do vírus pode se dar:[6]
  • Por meio de tosse ou espirro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a boca, nariz ou olhos.
Entre os grupos de risco estão qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou familiares, que tenha tido contato físico com o paciente ou que tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente.[3]
Em 2020, análises indicaram que o SARS-CoV-2 (anteriormente 2019-nCoV) pode ter passado de um animal para o ser humano.[9]

Epidemiologia


Mapa-múndi e mapa de propagação de pandemia entre países portugalsko
South Korea: an example of success in fighting coronavirus
Coreia do Sul: um exemplo de sucesso no combate ao coronavírus

Pandemia de 2020


A 11 de março de 2020, o surto foi declarado uma pandemia, sendo que o numero de casos confirmados a nível mundial atingiu mais de 121 000, sendo em 120 diferentes territórios, dos quais mais de 80 000 na China. O número de mortes ascende a 4 300, havendo mais de 1 200 mortes fora da China.[30][31][32]Em meados de janeiro a imprensa começou a reportar casos sobre um "misterioso vírus que causava problemas respiratórios", tendo este vírus depois sido classificado como um coronavírus e chamado numa primeira fase de 2019-nCoV. Inicialmente, 800 pessoas foram infectadas e houve 259 mortes na China, mas houve casos também no Japão, Tailândia, Coreia do Sul, França e Estados Unidos, todos associados a pessoas que haviam viajado para a China recentemente. Em 20 de janeiro a OMS estimava que o número de casos poderia estar próximo de dois mil.[9][28][29]

Surto de 2015 na Coreia do Sul

Um surto de MERS foi associado a um viajante que havia retornado do Oriente Médio. Quase 200 pessoas foram infectadas e houve 36 mortes.[6][33][34]

Surto de 2012 no Oriente Médio

Em 2012 foi isolado outro novo coronavírus, distinto do SARS-CoV. Esse novo coronavírus, desconhecido até então, foi inicialmente identificado na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia. Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS, do inglês “Middle East Respiratory Syndrome”. O novo vírus foi nomeado coronavírus associado à MERS (MERS-CoV).[3][6]

Surto de 2002 na China

Os primeiros casos da síndrome respiratória aguda grave (SARS - Severe Acute Respiratory Syndrome), causada pelo SARS-CoV, aconteceram na China em 2002, tendo o vírus se espalhado rapidamente para mais de doze (12) países na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia. Entre 2002 e 2003, mais de oito mil (8.000) pessoas foram infectadas e cerca de oitocentas (800) morreram, no que foi chamado uma "epidemia global". (SARS-CoV)[3][9]

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